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Noticiário
O GFRV que já o ano passado se deslocou a Verin (Espanha) com o Rancho Folclórico, mais uma vez teve a deferência dos seus amigos daquela encantadora vila espanhola para actuarmos ali no dia 28 de Março findo. Prevemos também saídas nos proximos meses, entre outras, às seguintes terras: Mondim, Celorico e Ermelo.
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Tivemos conhecimento que está em perspectivas a realização de mais uma "Semana Trannsmontana" a organizar pelo pelo Casino do Estoril com a colaboração da Casa de Trás-os-montes e Alto Douro de Lisboa.
Oxalá que esta louvável iniciativa se concretize e o nosso Rancho Folclórico não seja esquecido pelos organizadores, dando-nos a honra de continuar a participar em acontecimentoos regionalistas de tão elevado nível como foi o da "Semana Transmontana" de 1978.
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O Rancho Folclórico da Casa do povo de Godim (Regua) vai realizar no próximo dia 4 do corrente mês de Abril, o primeiro Festival de Folclore Internacional do Douro.
Colaboram nesta iniciativa as Câmaras de Régua e Vila Real, a Secretaria de Estado da Cultura, Embaixadas e Consulados de vários píses, FAOJ, Junta Central das Casas do Povo, etc.
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A delegação regional do FAOJ de Vila Real está a promover cursos práticos de tecelagem de linho a funcionar em Limões (Ribeira de Pena) e em Agarez (Vila Real).
Para além do FAOJ também colaboram as câmaras e autarquias locais.
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Novos Corpos Gerentes do GFRV:
Assembleia -geral
Abilio da Silva
Manuel Pires da Costa
Manuel Serafim Morais
António Carlos G. Brizida.
Conselho Fiscal
Armindo da Silva Morais e Mota
Carlos Ribeiro da Silva
Manuel Mário Borges Lopes
Direcção
Eduardo Pires Moraiis Miranda
José Oliveira Brizidda
Manuel Lopes
A. MManuel Silva Gonçalves
José Francisco MMorais Ribeiro
Serafim da Costa
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Você sabia, mas...
São lugares da freguesia que todos conhecem por certo:
..XE....
..ca..
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FO..........
.....lo
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Caros Consócios:
Se realmente esta Folha Informativa é
pesadona, tornai-a leve e moderna com
colaboração ao gosto de todos. Escrevei,
sugeri, criticai.
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Assim também eu sabia....
( 1- Rixeiras; 2- Cucaça; 3-Toutuça; 4- Fontrigueira; 5-Toumilo, e 6-Souto) >
Primeiro um "villar" inicial, no sentido territorial agrário, depois derivado ao seu desenvolvimento económico e social, com o sentido actual de vila, que acabaria por perder, a povoação de Vilar de Ferreiros ao longo dos séculos conservou a sua qualidade de sede administrativa e religiosa que nasceu e se organizou à sombra dos montes fortificados dos Palhaços e Toutuça.
A discrição vai longa e a paciência do leitor tem limites. Por isso fico-me por aqui, convencido de que divulgando a história da nossa terra prestei pelo menos...homenagem aos nossos antepassados.
Costa Pereira
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Os Moinhos d'Água
Ao percorrer as margens dos rioos e ribeiras da nossa terra ou seguindo o curso das muitas "levadas" de regadio existentes por todo o território das antigas Ferrarias, o viajante deppara a cada passo com uma ou outra construção modesta donde sai um som harmonioso e ritmado que parece convidá-lo a suspender a marcha: é o conjunto barulhento do movimento do rodizio,mó e taramela, originnado por acção da água contra as penas...
De remota origem, estes engenhos representam na história das comunidades rurais um sinal de independência em relação à forma de se bastarem a si proprias, transformando os cereais que a terra produz sem necessidade de saírem do seu povoado.
Portanto os poeticos moinhos d'água são monumentos históricos e etnográficos que as populações actuais têm o dever moral e civico de defender.
C.P.
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ABADE DE MIRAGAIA
Nasceu, em Corvaceira, freguesia de Penajóia, a 14 de Novembro de 1833, e faleceu no Porto, a 17 de Junho de 1913.
Foi durante 49 anoos, até à morte, pároco de Miragaia, embora antes tivesse sido apresentado e colado da abadia de Távora; como primeiro havia sido examinnador prosinodal e professor do seminário de Lamego, onde concluiu o curso do seminário em 1850. Em 1856 formou-se em Teologia na Universidade de Coimbra e chegou a exercer as funções de Vigário Geral da sua diocese (Lamego).
Colocado na igreja de Miragaia ,em 18864, colaborou com Pinho Leal na publicação de: "Maria Coroada ou cisma da Granja de Tedo", 1879, que é a história de um célebre pseudo-hermafrodita, António ou Antónia Custódio das Neves , que depois faleceu no incendio do Teatro Baquet.
Depois da morte de Pinho Leal, em 1884, ficou interrompida a publicação do dicionário "Portugal Antigo e Moderno", que ia no Tombo X e no artigo Viana-do- Castelo.
O Abade de Miragaia, padre Pedro Augusto Ferreira, que fora um dos seus colaboradores foi convidado continuar a obra, publicando -se assim o final do tomo X e os tomos XI e XII.
Era sócio da Associação dos Arquitectoos e Arqueólogos Portugueses e " Sociedade Camoneana".
A freguesia de Vilar de Ferreiros teve no Adade de Miragaia o seu mais foamoso divulgador histórico.
Era amigo pessoal do padre Rodrigues de Morais, a quem também muito deve a nossa freguesia.
Costa Pereira
continua
Mas para melhor se entender as origens da da nossa terra, que outrora foi muito importante no sector económico da região de Basto, mormente no campo da industria ou exploração mineral, vou transcrever parte do que diz o volume 35 da Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, depois de ter seguido e comentado o Portugal Antigo e Moderno:
"Avultam no termo desta paróquia os montes: "Toumilo" (que parece ser um n.pessoal de origem germânica Toumiro, evolução de Teodemiro, sem dúvida) , " ao Sul, coberto de medronheiros e pinheiros, e também produz cereais. Nele abundam lobos e se encontram ainda javalis....Tem uma grande depressão em frente da aldeia de Covas ( o que explicará topograficamente este topónimo),. "mas depois eleva-se bastante até ao Alto da Toutuça" (ou Tontuça, que veio de Toutoça, derivado notável de " Touta< capita, o que explica perfeitamente o significado toponímico de acordo com a topografia de sempre).
Monte Farinha , ao Norte de Vilar de Ferreiros, e coroado pela capela de Nossa Senhora da Graça. Montes Palhaços (de um termo arcaico "Palhaços", derivado de palha: cp. pedraço, telhaço,etc.), " a Nordeste. São notáveis estes montes porque neles se vêem largos cordões de pedra em montão, ruínas de muros antiquíssimos, que a tradição local diz serem obra de Mouros, e também dá o nome de Mina dos Mouros a uma gruta ou pequena galeria subterrânea, que ali se vê, na qual o povo julga existirem grandes tesouros guardados por uma moura encantada lindíssima".
"Além do topónimo antroponímico Toumilo, de origem germânica, um eco da pré-nacionalidade da região, a toponímica pouco mais interesse oferece:
Vila Chã contém o elemento arcaico "villa", com o adjectivo topgráfico bastante para se ver que não tem sentido municipal, mas territorial -agrário, que vigorou até ao século XIII (o que marca ao topónimo um limite de antiguidade no sentido directo); Vilarinho pode designar um "vilarinho" inicial ou povoação que nasceu cerca de Vilar e por isso tirou deste o nome, pelo diminutivo aconselhado pela posterioridade; Cainha deve reflectir o adjectivo "Cainha" (< lat. Canina), no sentido de relativa infertelidade ( sc terra cainha) , pouca produção; Pedreira pode significar um facto arqueológico; enfim Vilar de Ferreiros contém no termo toponímico Vilar ( o único inicialmente, pois de "Ferreiros" foi aplicado posteriormente para diistintivo dos muitos vilares do Norte do País; recorrendo a uma industria local, alias antiquíssima ) uma alusão a um "villar" estabelecido sobre si ( não parece aceitável aqui o inicio em fracção de "villa" agrária) talvez ainda muito antes da Nacionalidade. O determinativo deferenciador "de Ferreiros" é muito moderno, e a verdade é que nada tem directamente, com a designação antiga desta freguesiia, Ferrarias ( de "ferraria", oficina siderurgica) embora aluda ao mesmo facto".
continua
< Editorial
Por determinação estatutária decorreu, a seu tempo, mmais um acto eleitoral do qual resultou a eleição dos novos corpos Gerentes da nossa Associação.
Da ocorrência ressultou também a escolhha do mmeu nome para presidir à nova Direcção e por aderência do cargo director desta Folha Informativa. Se dirigir um orgão executivo, como é a Direcção, exige trabalho e espírito de equipa, também dirigir um boletim com as caractrísticas da nossa Folha tem as suas dificuldades.
Com isto pretendo allertar os prezados consócios , mormente os que já ocuparam lugares directivos em anteriores direcções , no sentido de apoiarem incondicionalmente aqueles que agora começam.
Lá diz o adágio: " Aonde todos trabalham, Deus ajuda".
O Director
Eduardo Pires M. Miranda
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Origens da Nossa Terra
Com origem na ocupação e exploração da terra chã e ribeirnha que a seu tempo os habitantes do cimo das montanhas começaram a fazer nas proximidades dos castros, o território que constitui a actual freguesia de São Pedro de Vilar de Ferreiros é não só consequência desse factor histórico, como também um motivo provocado pela necessidade das populações se unirem e organizarem social e administrativamente dentro da sua região .
Embora se desconheça a data em que estes acontecimentos se deram, tudo indica ter sido muitos anos antes da Nacionalidade, visto existirem documentoos do século XIII a confirmarem que nessa ocasião já a unificação das diferentes aldeias se tinha dado e o território das antigas Ferrarias (actual freguesia de Vilar de Ferreiros) era o mesmo de agora, com a vantagem de nessa altura ter categoria municipal que lhe teria sido dada ou renovada pelos nossos primeiros reis.
Talvez pela sua pouca importânciia naquela epoca e por não ficarem na linha divisória do território, excepto a aldeia de Campos que é referenciada pelo topónimo "Crastueiro", só em documentos posteriores encontramos registadas as povoações de Covas, Pedreira e Cainha, que julgamos já esistiriam, porque como as demais deixam ver ou adivinhar sinais de castros nas vizinhanças.
continua
rudimentares ou sofisticadas, introduzida no alambique , onde é destilada. A esse liquido, a que chamam "troça" na nossa freguesia, se dá em seguida entrada dele noutro alambique mais pequeno afim de ser refinado e dar finalmente origem à água-ardente ou bagaceira de Basto.
Os alambiques na nossa região estão instalados no mesmo imóvel das azenhas e por que começam a funcionar logo após o fim das vindimas a sua laboração é o prelúdio da entrada em actividade das azenhas, que na área das antigas Ferrarias se destinam a moer azeitona.
Maria de Fátima F. Lopes.
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Pensamentos
A casa conjugal também é um templo, e a maternidade uma religião.
Ramalho Ortigão
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Um ninho tem tanta poesia, tanto mistério, tanta castidade, como um berço onde dorme a inocência.
João Grave
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Sem religião não há civilização verdadeira; sem civilização não há bons costumes, e sem estes não só a liberdade não é possível, mas nem sequer a sociedade.
Alexandre Herculano.
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Noticiário
A chegada da luz electrica à nossa freguesia como era de calcular começou de imediato a produzir efeitos positivos. De modo que para além dos benefícios já aqui anunciados temos agora a registar a abertura de um café no centro de Vilarinho.
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O nosso director está de parabéns dado que sua dilecta esposa, Miquelina Morais e Mota, lhe ofertou, no dia 4 de Outubro, uma linda filhinha, a quem foi dado o nome de Dalila Maria Rego Morais Mota.
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Grande amigo e socio fundador do GFRV, o josé Francisco Borges Lopes consorciou-se no dia 5 de Setembro com Maria de Fátima Ferreira Lopes, facto que registamos com votos de parabéns.
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Você sabe, mas...
Com palavras da topografia vamos ao nosso passa-tempo:
...T...
.O...
...P..
.O..
G........
. R......
. A.....
F......
. I.. - ...
. A....
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ABADE DO BAÇAL
Investigador histórico-arqueológico notável, nasceu em Baçal (Bragança) em 1865 e ali morreu em 1947.
Reitor da terra de sua naturalidade e Director-conservador do Museu Regional de Bragança, que hoje tem o0 seu nome, o padre Francisco Manuel Alves , escreveu entre outras obras de valor arqueológico e etnográfico : " Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança", "Trás-os-Montes" e " Castro de Avelãs", etc.
Honremos o seu nome, que bem merece.
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Assim também eu sabia....
( 1- Toutuça; 2- Covas; 3- Campos; 4- Fojo; 5- Grandacha; 6- Prazinho; 7- Várzeas; 8- Fráguas; 9 - Vila-Chã, e 10 - Cainha.) >
Sendo assim põe-se de imediato a seguinte questão: qual o motivo porque passou Vila Nova de Freixieiro a denominar-se Celorico, se nem tão pouco -que eu saiba - existe no concelho qualquer topónimo de lugar designado por esse nome? E se não existe de fac to nenhum lugar conhecido por esse nome, como é possível axeitar a tese dos seguidores de Contador de Argote ao pretenderem identificar Celorico de Basto com a Celióbriga de que nos fala Ptolomeu, se a actual vila como povoção é de recente origem?
Na freguesia de Vale de Bouro há pelos vistos um lugar chamado Mondim e na freguesia de Caçarilhe um outro denominado Basto, curioso seria investigar se dentro doutras terras do concelho não haverá qualquer pista que levasse os estudiosos a detectar um lugar chamado Celorico,
Dado quie ainda não há muito tempo foi descoberto u "cemitério pré-histórico" nas proximidades de São Bartolomeu do Rego, importante seria também fazer explorações arqueológicas nas vizinhanças do casdtelo de São João do Ermo ou Arnoia que permitissem descobrir vestígios de qualquer citânia que porventura ali tenha existido antes ou depois do castelo e com possibilidades de ser identificada com o antigo Cilobriga dos romanos...
É que não basta alegar que " segundo as Inquirições de D. Afonso II e Afonso III, a Terra ou Julgado de Celorico reúnia freguesias que pertencem aos actuuais concelhos de Amarante, Felgueiras e Fafe" - pois até neste ponto faltou incluir Mondim de Basto - , o importante será analizar se o antigo denominativo, Celorico, era aqui usado, então, para designar uma povoação em particular ou uma certa área geográficca e administrativa, como sucede com o também enigmático denominativo da região: Basto.
Penso que este problema deverá , se possível, ser esclarecido antes de se continuar a avançar com novas teses que em vez de ajudarem o historiador podem muito bem dificultar-lhe a investigação da verdade histórica , o que a vverificar-se também não prestigia em nada o concelho de Celorico de Basto que todos sabem herdeiro de um passado nobre e glorioso.
José August da Costa Pereira
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O Alambique
Do grego ambix, pelo árabe allambiq, trata-se de um aparelho de destilação composto de uma espécie de marmita , chamada cucúrbita em que se colocam as substâncias destinadas à destilação, e de um modo capitel que cobre a cucúrbita , recebe os vappores e dirige-os, por um tubo inclinado, para o refrigerante. Ai os vapores, esfriando passam por um tubo espiral , chamado serpentina, que imerge em água fria, voltando os vapores ao estado liquido.
Com este aparelho ou melhor com dois destes aparelhos é feita na região de Basto a famosa bagaceira derivada da "cobertura" do mosto das nossas uvas da vinha de enforcado.
A citada "cobertura" - ou bagaço de uva - é depois de espremida, nas nossas prensas
continua
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Eis agora em que termos correu mundo o nome do GFRV:
" Folha Informativa do Grupo Folclórico e Recreativo de Vilarinho - Vilar de Ferreiros - 4880 -Mondim de Basto.
Recebemos a visita do nº 5 desta interessante Folha Informativa, modesto periódico de 4 páginas que bem merecia o auxilio da Comunicação Social ...mas não trata de politica e publica "Passatempos" que constituem importante tabu...
Louvamos o seu Redactor, Sr. Costa Pereira, que em poucas palavras pretende abrir os olhos aos cegos e desenferrujar os ouvidos aos surdos teimosos, aconselhando-os a aprender a falar Esperanto, a língua admirável que não tardará a ser considerada "segunda língua materna da cada povo" a bem da humanidade, desta pobre humanidade em que presentemente ninguém se entende, onde campeiam o ódio, o materialismo sujo, a inveja, a falta de respeito mútuo, a desordem social.
Tenhamos esperança de que após a actual tempestade que abala todo o mundo, surja a bonança que dê à humanidade redimida a alegria de viver uma vida sadia , justa e livre de preocupações escusadas.
Alves de Moura".
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À Volta de Celióbriga......
Uma das atribuições estatutárias do GFRV e, consequentemente, da sua modesta Folha Informativa é defender e proteger o património histórico e cultuiral da região de Basto. Logo contribuir com algumas acheggas ou aditamentos que facilitem o investigador historico a trilhar com segurança o caminho difícil que conduza à descoberta da verdade histórica, parece ser uma atitude positiva, mesmo que os problemas abordados sejam contorversos ou desajustados com as teses já consideradas definitivas.
Vem isto a proposito da leitura que fiz recentemente de um trabalho monográfico que Carlos de Sousa Machado editou em 1951 sob o título " O Nosso Concelho - Celorico de Basto" e cujo conteúdo me despertou interesse e , sobretudo, muita curiosidade.
Foi precisamente essa curiosidade que fez nascer em mim o desejo de colocar aos leitores desta Folha fotocopiada algumas questões que a leitura atenta do referido trabalho levantou no meu espírito de observação.
Assim, diz a certa altura , o autor: " Celorico recebeu foral dado em Évora por D. Manuel I, no dia 29 de Março de 1520. Chamava-se à primeira sede do concelho Vila de Basto e devia ficar junto ao castelo, na freguesia de Arnoia.
Diz-se que por ser agreste e frio o lugar onde estava instalada, se pensou na mudança primeiro para o sítio chamado Outeiro Coelhos, ao que se opôs a casa do Telhô e depois para Freixieiro, para onde efectivamente se modou por provide D.João V com data de 21 de Abril de 1719, tomando o nome de Vila Nova de Freixieiro. Ficou a norte do antigo lugar deste nome e junto ao rio chamado também de Freixieiro, na freguesia de Britelo..."
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< Editorial
No dia 31 de Outubro do ano corrente a nossa Associação completou mais um aniversário - o segundo - como instituição oficializada.
A recordar a efeméride, recebemos de várias entidades oficiais e particulares, algumas palavras de estímulo que penhoradamente agradecemos.
Também para além de palavras cabe salientar o apoio económico e social dispensado pela nossa Edilidade e que se traduziu na dádiva de 50.000$00; sem dúvida uma oferta relevante que na pessoa do Sr. Nuno Ferreira de Noronha aqui fica bem destacado o nosso reconhecimento à Câmara Municipal por ele presidida.
No campo das actividades culturais e recreativas apraz-nos registar as exibições do Rancho e Grupo de Zés P'reiras em Verin (Espanha), bem como as deslocações a Mondim, Vila Real, Régua, Ribeira de Pena, Cabeceiras, Campos e Travassos.
Para muitos o que se fez terá sido pouco, para outros talvez nada, mas para nós foi o que humanamente se pode fazer neste ano de 1981.
Vai surgir novo ano, com ele eleições dos Corpos Gerentes para o triénio 81-83, que irá requerer dos eleitos trabalho e dedicação desinteressada pela causa do GFRV.
Que tudo decorra a contento dos nossos associados são os votos que formulamos no limiar de 1982, confiantes também no adágio do " Hora a hora Deus melhora".
O Director.
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Esperanto
A conceituada Revista Portuguesa de Esperanto, da qual é Directoor o ilustre freixieirense - porque não é natural de Celorico da Beira..., mas de Basto - Dr. Eduardo Marinho Alves de Moura, agradecendo as humildes referências que esta Folha Informativa fez, no seu último número, do genial invento que imortalizou ZAMENHOF, retribuiu-nos com idêntico gesto acrescido de elogiosas palavras e incentivos ao prosseguimento do nosso trabalho. Bem haja.
Não queremos entretanto deixar de fazer aqui a transcrição completa do texto em questão e recordar mais uma vez aos leitores desta Folha para que de facto tentem estudar Esperanto ou pelo menos ajudem à sua divulgação.
continua
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Vindimando uns, tratando do vasilhame outros, é no entanto a pisa das uvas o acto mais alegre da vindima.
Depois da ceia os pisadores, em camisa ou de calças arregaçadas, entram no lagar e numa espécie de marcha lenta e ritmada esmagam durante umas três horas os suculentos bagos sob os pés, enquanto velhos e novos reunidos ali à volta cantam e dançam ao som do bombo ou da concertina.
Desfeitos os bagos, estes vão começar com o líquido a levantar fervura apparecendo o mosto aí por volta de uns 5 0u 6 dias já transformado em vinho, mas deixando ao de cima "cobertura", composta por todos os resíduos sólidos, que ainda vão depois ser espremidos nas prensas tradicionais de forma a não se deixar perder uma só gota do "alimento" de maiis de um milhão de portugueses, e não só...
O envasilhamento do vinho é também um pormenor interessante da vindima que acontece quando o mosto acabou de "ferver" e deixa levantada a "cobertura". É então aberta a bica do lagar e o vinho começa a correr para a dorna, donde em gaibos é retirado para as pipas em que ninguém mexe mais até ao São Martinho....e depois no fim do Inverno para se fazer a trasfega".
Posto isto aqui têm os leitores a homenagem por nós devida à videira, e que esta folha de informação e cultura não podia deixar passar despercebida.
Costa Pereira
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Provérbios
Pelo San'Tiago apinta o bago
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Em Agosto, anda o diabo no poço
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Quem pelo São Miguel não colhe, durante o Inverno não come
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Até ao lavar dos cestos é vindima.
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Pelo São Martinho vai à adega e prova o vinho
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De Santa Catarina ao Natal ou vai chuver ou vai nevar
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Aos Associados
Devido ao facto do redactor da Folha Informativa do GFRV ir entrar de férias em meados de Julho, a publicação nº 5 desta Folha que devia sair em Agosto teve de ser um mês antecipada.
Tal facto impede-nos de publicar entre outras rúbricas , o "Noticiário", pelo que pedimos desculpa aos associados.
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Você sabe, mas....
Como no número anterior o que se pretende é que o leitor continue a formar nomes de lugares da freguesia de Vilar de Ferreiros, dando nós em "pontos" o número de letras com que se compõe a palavra; e uma ou duas letras para ajudar .... Assim:
B....
.ch..
.....l...
....n...
.....i..
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JOVEM
Colabora com o GFRV
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Assim, também eu sabia.....
(1-Borba; 2º-Uchas;3- Aveleda;4º Farinha (monte) e 5- Pedreira) >
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Vindimas
Introduzida na Península Ibérica pelos romanos, a videira é um arbusto sarmentoso da família das vitáceas, de folha caduca, que se dá bem nos climas quentes e um tanto secos.
No território que é hoje Portugal já se conhecia a videira há uns 4 ou 5 séculos antes de Cristo; sabendo-se também que um dos princípais elementos da vida das tribos Luso-Galáicas era a cultura da videira e fabrico caseiro do vinho, o que neste sentido muito deve tter contribuido a influência árabe na Península com pricessos anteriormente desconhecidos de cultivar a videira e de aproveitar, depois de fomentado, o sumo da uva.
Derivado à existência de muitas variedades de videira, de solos de composição diferentes, de climas diversos e de processos de cultura variáveis, fabricam-se em Portugal vinhos de aspecto, sabor e qualidade muito diferentes.
Na zona de Basto, região demarcada de "Vinho Verde", predominam entre outars espécies de videiras as que produzem a uva borraçal, bugalhal, tinta pinheira e a tinta francesa, onde paralelamente ainda se aproveitam, apenas para consumo caseiro, as uvas da videira americana cujo vinho não pode ser comercializado, embora seja muito apreciado.
Na freguesia de Vilar de Ferreiros a cultura da videira e o fabrico do vinho são de tradição remota. Já no século XIII os habitantes das Ferrarias de Entre Tâmega e Douro tinham que dar ao rei ou a quem o representava " unum quartarium de vino" anualmente.
Mas para melhor falar desta curiosa actividade económica que na nossa freguesia e na região de Basto tanta importância tem, vamos ouvir o Sr. J.F. Borges Lopes : - Para se fazer a selecção de certas castas de uva é necessário enxertar as videiras quer seja no "produtor directo", videira brava, quer noutra videira qualquer. É já com esta operação realizada que se consegue a uva que produz o chamado vinho nacional, caso isto não se fizesse, em vez de deste vinho que é altamente comercializado, tínhamos por regra o tradicional "vinho americano" cuja comercialização está proibida..
Possuídas as vitáceas que na nossa terra são dispostas em bardos, ramadas ou dispersas pelos canchos e empoleiradas nas árvores mais fortes que lhe servem de tutor , a videira é podada entre Novembro e Fevereiro; para se começar depois, na Primavera, a tratar as folhas e o fruto com produtos químicos até à limpa que se dá por fins de Junho ou meados de Julho.
Amadurecida a uva, que é um fruto de Verão, inicia-se a sua colheita em fins de Setembro, onde para tal se reune o maior número possível de pessoas a quem são atribuídas entre outras actividades a de vindimador, lagareiro e pisadoor, e que desde essa data até fins de Outubro não têm mãos a medir.
continua
. Folha-7d
. Folha-7c
. Folha-7
. Folha-6d
. Folha-6c
. Folha-6b
. Folha-6
. Folha-5d
. Folha-5c
. Verdadeiro modelo de São ...