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Esperanto
Como a música é universalmente entendida no seio de todos os idiomas, o Esperanto é uma língua universal de fácil aprendizagem cujo ensino devia ser obrigatório em todas as escolas do mundo, em paralelo com a língua - pátria, correspondente a cada país.
Folclorista que pensas um dia deslocar-te com o teu Rancho, com o teu grupo de Zés P'reiras ou como simples porta-voz da tua região a terras estrangeiras cuja língua tu não sabes falar, decide-te: aprende a falar esperanto!
Dirige-te à Associação Portuguesa de Esperanto - Rua Dr. João Couto, lote 1238 r /c-A Lisboa ou ao Dr. Alves de Moura - João Chagas, A.M. - 2795 Linda - a - Velha.
No caso da nossa terra, agora que temos luz eléctrica é necessário utilizar esse benefício na ilustração cultural e espiritual da juventude, pondo termo à escuridão...
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Arqueologia
Começa a existir entre nós um certo interesse pelas questões arqueológicas tanto históricas como pré-históricas, razão porque convêm alertar os leitores desta Folha Informativa do GFRV para tão curiosa forma de historiar como é a arqueologia.
Os dados arqueológicos são constituídos por todas as alterações no mundo material resultantes da acção humana. - No dizer de V. Childe.
Testemunhos arqueológicos não faltam por todo o espaço geográfico da freguesia de Vilar de Ferreiros, faltam sim estudiosos para os localizar, investigar e defender até que surjam arqueólogos autorizados para os classificar e datar.
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Poetas que nos saúdam
Do poeta da região de Basto e muito nosso dedicado amigo Sr. António Senra, residente em Celorico de Basto, recebemos estes lindos versos:
Ao Grupo Folclórico e Recreativo de Vilarinho:
Nós louvamos Vilarinho
Aldeia do nosso Minho...
Onde há paz e harmonia.
Dançando as voltas do vira
Num vaivém, gira que gira,
Gira em nós muita alegria!
Nas sonâncias das cantigas
Rapazes e raparigas
Batendo o pé apressado,
Não pensam na contradança,
Numa manhosa lembrança
De haver beijo roubado....
Mais uns passos, dois ou três,
Vamos bater outra vez
Nossas chinelas no chão.
Batendo passo acertado,
Assim bate compassado
O pulsar do coração!
Vilarinho de Ferreiros:
Nós somos de ti herdeiros
Dum povo trabalhador.
Nossa Senhora da Graça
No dia a dia que passa
Nos dedica o seu Amor!
1981.
Continua
<Editorial
Cá estamos mais uma vez "balançando" as actividades crescentes da nossa associação, rendendo desde já as melhores homenagens a todos quantos nos têm ajudado a cumprir, na medida do possível, as nossas obrigações estatutárias e os "mandamentos" do regionalismo.
Limitado por falta de instalações condignas , instrumentação capaz e de transporte próprio, o GFRV tem, mesmo assim, conseguido dar pprovas de maturidade associativa, granjeando prestígio dentro e fora da região.
Para gravar a quase totalidade do reportório folclórico do Rancho, desloucou-se aqui no dia 18 de Abril uma equipa técnica do Centro Cultura Regional de Vila Real que levou consigo para divulgação, a nossa música e a voz melodiosa da gente de São Pedro de Vilar de Ferreiros.
Mas a acção cultural do nosso Grupo não se queda por ali. E assim, graças à boa vontade e talento artístico do nosso amigo Sr. Carvalho, do Bobal, a quem o nosso Rancho muito deve, temos em funcionamento desde princípios de Maio uma "escola de música" ao dispor dos nossos associados, e não só, para se quiserem aprendam os segredos da Rainha das Artes.
Também no campo das actividades normais da nossa associação, estivemos representados pelo nosso Rancho, em 22 de Maio, num Festival Folclórico realizado em Godim (Régua) e na festa de São Gonçalo, em Campos, no dia 14 de Junho.
Parar é morrer, diz o povo com razão.
O Director.
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JOSÉ LOPES
Nascido a 17 de Maio de 1922, em Molares, Celorico de Basto, faleceu no dia 13 de Abril do ano corrente, no hospital de Arnoia, este nosso dilecto Amigo e conceituado poeta da região de Basto.
Foi co-autor da letra da marcha de Vilar de Ferreiros e era sócio honorário da nossa Associação.
Deixou viúva a Sra. D. Maria Eugénia Rodrigues Lopes, também nossa dilecta e respeitável Amiga, a quem apresentamas sinceras condolências.
Continua
A.G.C . - Amadurecida e arrancada a planta que outros cuidados imediatos requer o linho?
M:M.- É ripado, isto é, tira-se-lhe a corola (baganha); fazem-se as maçadoiras e depois o linho é levado para os poços, onde consoante a água for mais quente ou mais fria assim o linho fica a curtiir de 8 a 11 dias.
A.G.C - Concluidos esses trabalhos quais são os que se lhes seguem?
M.M.- Retira-se o linho dos poços e lavamo-lo muito bem lavado para depois ser posto a corar durante uns 10 ou 15 diias, após o que fica pronto a ir para o engenho ou ser maçado manualmente pelos cultivadores, uma vez que só as pessoas que semeavam muito o madavam "moer" nos engenhos do Tâmega.
A.G.C .- Resumindo, o linho é então ripado, curtido, triturado com o maço ou no engenho. E que outras operações se seguem, Sra. Madalena?
M.M.- Olhe, depois é espadelado com a espadela, depois é sedado no sedeiro, depois fazem-se as estrigas e é fiado na roca para fazer as maçarocas, depois no sarilho fazem-se as meadas que entram na barrela e depois vão a corar aproximadamente um mês, por fim doba-se na dobadoira é urdido e entra no tear para ser tecido, donde sai em varas (peças de pano) que novamente vão a corar para o coradouro até que o pano fique branco como linho....
A.G.C . - Transformado em pano que utilidade se dá depois ao linho?
M.M.- Boa! Tem muita utilidade. Dá para fazer roupa, lençois, toalhas, sacos, rendas e muita coisa mais.
A.G.C . - Falou aí a Sra. Madalena,em rendas, ora as rendas ou bordados feitos de linho não são propriamente dito um tecido, portanto como é feito esse trabalho?
M.M.- Pois, o linho antes de passar a bragal passa por um fase em que é fio e é com os novelos desse fio que a gente faz depois as nossas "habilidades" no pano, usando as agulhas de bordadeira, mas para isso não tecemos os novelos destinados a bordar.
A.G.C . - Que outros derivados aproveitam voces da planta do linho?
M.M. - Aproveita-se a carola para encher os colchões e os travesseiros das camas, a linhaça para fazer remédios caseiros ou para vender às pessoos que fazem remédio para as boticas vender, e ainda se aproveitam os tomentos e os tascos para fazer o pano mais grosseiro que o linho dá.
---------------- E assim concluimos uma modesta entrevista, onde sobretudo tivemos a preocupação de historiar uma tradição que desejavamos se não venha a extinguir, em prejuizo da corografia e da etnografia das antigas Ferrarias de entre Tâmega e Douro: Vilar de Ferreiros.
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Noticiário
Como é do conhecimento dos nossos associados a direcção do GFRV tudo tem vindo a fazer no sentido de dotar a nossa colectividade com uma sede condigna, nesse sentido tem abordado as mais diversas entidades para o conseguir. A última entidade contactada e que muito nos tem apoiado foi o Sr.Presidente da Câmara a quem daqui dirigimos o nosso bem haja.
No próximo dia 22 de Dezembro passa mais um aniversário sobre a data em que faleceu o grande amigo do rancho José Queirós. Com muitas saudas paz à sua alma. >
A associação tem por objectivo defender e divulgar a música e cantares tradicionais da região, bem como outras manifestações culturais de índole popular, que a defesa do património artístico do País exige, propondo-se promover reuniões regulares, conferências, exibições públicas de danças e cantares, edição de revistas e outras publicações sobre folclore, etnografia, coreografia e corografia da região de Basto, ou ainda proceder a gravações de trabalhos seus, procurando para além disso manter relações com outras associações afins, sendo a sua duração por tempo indeterminado.
Para ser sócio do Grupo Folclórico e Recreativo de Vilarinho é necessário ter 18 anos de idade ou, no caso de idade inferior, obter o consentimento dos país ou encarregados de educação, identificar-se com os objectivos anunciados nos artigos 2º e 3º do capítulo 1º dos estatutos, ser proposto por um sócio e não ter havido nenhuma moção contra nos 15 dias imediatos à inscrição, que ficará exposta na sede, por parte de alguns associados que a direcção ache oportuno tomar em consideração. Todos os sócios têm direitos e deveres iguais, nomeadamente o de votar e ser eleito em assembleia geral e o de desfrutar dos bens do Grupo.
A qualidade de sócio perde-se pelos seguintes motivos: por petição própria e no momento que deseje e por decisão da maioria de dois terços da assembleia geral, mediante proposta da direcção ou por iniciativa da própria assembleia geral , quando se verifique que o sócio, pela sua conduta, palavras ou escritos, ofenda ou prejudique os outros membros ou os princípios , fins ou reputação da associação.
Está conforme.
7º Cartório Notarial de Lisboa, 14 de Novembro de 1979 - A Ajudante, Cidália Inácio Duarte Palma"
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E encerramos este breve esboço sobre o aniversário do GFRV , com os versos que o poeta celoricense José Lopes consagrou à nossa associação, em 10 de Agosto de 1980:
" Vilarinho é um jardim
de variadas flores
onde viceja o jasmim
e predominam amores
Teu Grupo Recreativo
em folclore ele é rico
nas modas e nos cantares
e também nos bailaricos
Tens um passado brilhante
que se destaca entre os mais
de ti dimana a magia
que dá vida aos teus anais
Reviva em vós o passado
eternize-se o presente
Vilarinho - boa terra
seja a luz de toda a gente !"
Da minha parte as felicitações amigas do associado
Costa Pereira
continua
Até aqui a folha não passou além de um A4, e mesmo assim nem sempre preenchida totalmente, quer no 1º, quer no 2º número. Graças a mais uma prova de generosidade acrescida, por parte de quem nos fotocopiava o trabalho, o nº 3 do boletim, correspondente a Dezembro/980, é o primeiro a sair em A3. Do seu conteúdo vamos fazer a transcrição que vale a pena ler na íntegra:
<Editorial
Dado a exiguidade das instalações escolares de Vilarinho, foi-nos solicitado pelas entidades Camarárias do concelho, através do pelouro da Educação, facilidades para funcionar na nossa sede durante o ano lectivo de 1980/81, o ensino das classicas 1ª e 2ª classe do Ensino Primário; o que nós, depois de ponderar devidamente sobre tão delicado problema, resolvemos dar o nosso inteiro acordo, pensando com a nossa atitude beneficiiar as famílias e as crianças em idade escolar dos lugares de Bezerral, Fundo de Vila e Bairro de Baixo.
Sem prejuizo das normais actividadesdo GFRV, as instalações provisórias da sede da nossa Associação estão a prestar, desde Outubro pp, para além dos fins a que se destinam inicialmente, um valioso serviço público e nacional à freguesia de São Pedro de Vilar de Ferreiros: funcionando como templo cultural e formativo dos homens de amanhã!
" A choupana onde se ri vale mais do que o palácio onde se chora"
M.M.Borges Lopes
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O NOSSO ANIVERSÁRIO
No passado dia 31 de Outubro a nossa Colectividade completou um ano de vida, tendo por isso recebido inumeras felicitações pelo acontecimento, que lhe foram dirigiddas dos mais diversos pontos do País pelas também mais variadas personalidades.
A seu tempo procedeu-se ao envio dos respectivos agradecimentos a todos quantos se associaram a tão festiva efeméride, reforçando aqui o nosso bem haja a esses dilectos Amigos.
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A titulo informativo e documental vamos transcrever na integra o que acerca do aparecimento do GFRV, publicoou a III Série do Diário da República, de 22 de Dezembro de 1979: " Grupo Folclórico e Recreativo de Vilarinho: Certifico que, por escritura de 31 de Outubro de 1979, exarada na fl 19 vº a fl 23 vº, do respectivo livro de notas nº 66-D do 7º Cartório Notarial de Lisboa, a cargo da notária licenciada Olinda Pinto Capelo Ramos, foi constituida uma associação com a denominação de Grupo Folclórico e Recreativo de Vilarinho, com sede provisória no lugar de Vilarinho, freguesia de São Pedro de Vilar de Ferreiros, concelho de Mondim de Basto, distrito de Vila Real (Trás-os-Montes), sem fins lucrativois.
continua
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Jornada Cultural
Como foi anunciado no 1º nº da nossa "folha informativa" de Junho passado, teve lugar nesta freguesia uma jornada cultural organizada pela nossa associação e que movimentou todas as secções recreativas do GFRV : rancho, zés p'reiras e teatro; para além da colaboração recebida do Grupo Coral de Nossa Senhora da Graça de São Pedro de Vilar de Ferreiros que muito ajudou a colorir aquele festivo dia 10 de Agosto do ano corrente.
Eram precisamente 09h30 quando uma ccaravana automóvel saída de Vilarinho se dirigiu com vários visitantes ao Castro dos Palhaços e Mina dos Mouros, acabando a sua peregrinação por volta das 13h00 no Monte Farinha, onde também ali não faltou a colaboração dos experimentados "cicerones" Serafim Costa e do ti José da Fonte.
Seguiu-se, por volta das 14h15, a recepção aos convidados, parte que esteve a cargo do presidente da nossa colectividdade e do sócio fundador Sr. José Borges Lopes que não tardariam a receber, entre outros, o Exmo. Presidente da Edilidade Mondinense e todos os seus colaboradores eleitos; o Sr. Padre Guedes, abade da freguesia; eng. Pinto e Cruz, responsável pelo perímetro florestal do concelho; Vitorino Minhoto, presidente da Junta da Junta de freguesia, e os representantes das várias colectividades congéneres da nossa associação.
Às 15h30, o nosso consócio e dedicado amigo Sr. José Augusto da Costa Pereira deu início à sua importante conferência, intitulada "A Região de Basto e as Ferrarias entre Tâmega e Douro" que durou cerca de 60 minutos.
Terminado este ponto alto da festividade cultural e recreativa , o Sr. Presidente da Câmara procedeu ao descerramento de um bonito quadro com o embllema da nossa associação, oferta do regionalista José Francisco Borges Lopes. Seguiu-se depois um lauto beberete servido em casa do nosso ilustre associado senhor Manuel Gaspar (Manuel Lopes) que foi animado pelo grupo de "Zés P'reiras".
Tivemos em seguida a actuação do Grupo Coral, duma peça de teatro, do rancho folclórico, e finalmente a projecção de um filme-documentário sobre o Monte Farinha cuja orientação esteve a cargo do nosso amigo Sr. Nelson Palmeira.
Foi uma jornada feliz e muito inteligente no contexto em que surgiu inserida. Parabéns aos promotores e apoiantes.
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Noticiário
No passado dia 15 de Agosto, o nosso Rancho deslocou-se à aldeia de Vila Chã, onde se exibiu com geral agrado.
De forma idêntica, no dia 17 do mesmo mês, tinha actuado em Ponte de Ôlo.
No corrente mês, como já era de esperar, temos assegurada a participação do rancho e do grupo de zés p'reiras na festa de Vilarinho.
O nosso sócio fundador José F. Borges Lopes veio enriquecer o nosso património com a oferta do emblema do GFRV; do mesmo modo, o nosso redactor e também sócio fundador J.A. da Costa Pereira, ofereceu um exemplar da sua conferência para os arquivos da Colectividade.
Temos contactado diversas Entidades individuais e colectivas, a quem nos não cansamos de pedir e mostrar as nossas fraquezas....
"Quem espera por sapatos de defunto, toda a vida anda descalço" >
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