MATRUS
Trata-se de uma erva anual da familia das crucíferas, tribo das sinápeas , subtribo das lipidiinas não amplixicaules. segundo os especialistas em Botânica, esta planta medicinal que contem propriedades contra os vermes do intestino é originária do Irão, donde irradiou por toda a Asia antes de conquistar a Europa, na antiguidade. Suplantado nos mercados pelo agrão, também chamado agrião-de-água, o matrus merecia no entanto ser mais apreciado e conhecido , uma vez ter sido muito utilizado pelos Gregos e Rommanos, que apreciavam iguarias condimentadas e seladas picantes, gozando da mesma forma de justa fama entre nós ao longo da Idade Média.
Não obstante a rapidez com que se desenvolve e adapta a todo o tipo de solos e quase todos os climas lhe serem favoráveis, o matrus da nossa freguesia está praticamente extinto e os mais jovens já não identificam a planta sem ajuda dos mais velhos. Sem ser cultivada, em Portugal esta erva surge às vezes subspontânea, dando disso bom testemunho toda a nossa terra, ao fornecer, na década de 40, carregamentos sem conta desta planta medicinal para a industria farmeceutica(?) .
Passaram-se mais de quarenta anos sem que o matrus voltasse a ser citado ou viisto pelos meus olhos, mas o seu travo caracteristico e odor penetrante que lhe experimentamos em criança encontrou eco no espaço da nossa já cansada memória para hoje nos merecer esta homenagem ao "chá das bichas", dado o reencontro que, em Agosto passado, tivemos com a planta ao identificá-la no quintal do Sr.Manuel Lopes, de Vilarinho.
Embora conhecida entre nós pelo nome de Matrus, os dicionaristas apenas a designam por mastruço, dai a nossa dúvida quanto à forma mais corretca de escrever. Que em Botânica é um Lepidium salvivum Lin., parece não haver contestação; e isso é quanto basta para provar a sua existência e depois que como dantes o volte a ver em ambundância na freguesia de São Pedro de Vilar de Ferreiros.
Costa Pereira.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Água mole , em pedra dura....
Talvez não seja esta a melhor ocasião para falar deste assunto, mas se não fosse agora só lá p'ro Verão...Vamos à questão, e sem demora: SDem pretendermos ferir a cosciência de ninguém, dita responsável, achamos oportuno recordar mmais uma vez que a questão do abasticimento de água nos lugares de Vilar, Vilarinho e Campos continua a ser péssimo e obediente às leis leoninas...Senão vejamos: a Junta entendeu por bem fornecer graciosamente o precioso líquido a quem achou favorável introduzi-lo, canalizando, em suas casas; ao mesmo tempo que colocou fontenários e lavadouros aqui e além para servir as respectivas populações.
Tudo muito bem e certo. Só que nestas coisas é bom estar um pouco fora delas, para ver melhor...De Verão a água é sempre pouca para quem tem os seus canchos , e se não houver "legislação" local ... jamais a freguesia vai conseguir cozer as couves ou matar a sede nos fontanários ! - Que fazer, então? - Pensar de imediato em colocar contadores em todas as habitações e fiscalizar as torneiras públicas. Depois se as penalizações surgirem que revertam a favor de toda a comunidade local.
in O Povo de Basto, 16/10/1987."
. Folh-33d
. Folha-33
. Folha-32
. Verdadeiro modelo de São ...