Dos Calondros ao "munho"
Por: Costa Pereira
Com o titulo O SÉCULO XIX NA LÍNGUA POPULAR DOS CONCELHOS DE Alijó, Mesão Frio, Mondim de Basto,Murça, Ribeira de Pena,Saborisa,Santa Marta de Penaguião e Vila Real publicou a Comissão Regional de Turismo da Serra do Marão,em 1983, um curioso trabalho de caracter etnogáfico que nos finais do século passado o filólogo padre Gomes Pereira desenvolveu na "REVISTA LUSITANA". É um trabalho interessante que peca todavia pelo descuido manifesto de não localizar certos vocábulos dentro do rigoroso espaço geográdico em que são falados e tradicionalmmente conhecidos. O exemplo mais evidente dessa lacuna surge quando ao ler os regionalismos recolhidos em Mondim de Basto aparece "Botefa,calondro,abóbara", em vez de Calondro como sinónimo de botefa e abóbara. Em Basto só há calondros....
Pegar na obra do Padre A. Gomes Pereira e colocar os regionalismos, que ele admiravelmente recolheu com toda a sua sapiência, no espaço que lhes diz respeito é um dever que cabe a qualquer estudioso, mormente aos defensores da cultura do povo transmontano. Da minha parte vou ajudar os leitores da obra em apreciação a se quiserem, poder fixar os termos próprios das peças do "munho" que o autor não registou. Mas excluindo do arrolamento as ignoradas "patenas ou asperas" que no concelho de Mondim devem pronunciar-se de penas do rodizio.
Vamos então até ao engenho do moleiro: a tremonha é a que recebe o cereal da moagem, este escorregando pela calheira, tremelicando por acção do tramelo, lá vai grão a grão cair na olheira da mó e com o girar desta sobrre o pouso surge a farinha no tremunhado. Isto é o que se vê dentro do sobrado da casa do moinho, mas no exterior e para que o "munho" moa tem que haver inferno. É aqui que funciona o rodizio, na hoizontal e sobre o jazente, a seixa e o guilhão, a dominar revestido de penas; depois, o ergueiro para marcar o ritmo..
Do centro da roda e na vertical ergue-se a péla que com a colaboração da sigurelha e do lobete faz mover toda a engrenagem do "munho". Mas antes de sairmos do inferno do moleiro convem lembrar que foi graças ao pijadouro ter travado o zicho largado do torneirão através do tempreiro que esta visita pode ser realizada, visto não poder fazer-se com o rodizio a trabalhar pela força da água depejada do cubo do moinho.
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