se distende até à apalaçada Casa do Eirô, passando pela brasonada Rua (da "Bila" Velha, onde com mais um cibo afastada a Casa da Igreja põe os três brasões da da vila ao dispor dos heraldistas.Merecendo igual destaque o levantamento arqueológico que da plaina de Remoinhos ao Alto do Muro ou "Castrueiro" o Dr. António Pereira Dinis promete levar a cabo.
Para finalizar este nosso resumido esboço monográfico sobre São Cristóvão de Mondim ou vila de Mondim de Basto apenas queremos deixar bem claro: se para a vila de Mondim é importante a data de 3-VI-1514, para as restantes 7 freguesias que a seu lado formam o todo do concelho e comarca de Mondim de Basto, é muito mais importante e significativa a memória do 26 de Janeiro de 1898, porque aqui já não pesou a influência dos "Cantanhedes" ou "Marialvas" foi como hoje o bairrismo e dinâmica do povo mondinense quem agiu para que o concelho fosse restaurado novamente e integrado no distrito de Vila Real. Parabéns, Mondim!
Costa Pereira
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Na Boca Alheia.......
Abastecimento de Agua a Vilar de
Ferreiros .
Um movimento desusado transforma, depois de Janeiro, a calma acolhedora de Vilar de Ferreiros. Trata-se das obras de abastecimento de água ao domicílio que, em boa hora, a Junta de Freguesia resolveu empreender.Obra de vulto, estimada em dezenas de milhares de contos, vem premiar a população trabalhadora com a satisfação de uma das necessidades mais prementes e elementares.
Resolvem-se estradas e estradões e lá para Junho, segundo cremos, já tudo deve estar concluido. Todos os lugares serão contemplados com a feliz inovação, dando acesso a comunidades impossíveis até agora. Novo ciclo se inicia para a localidade e aconcretizar-se a obra dos arruamentos que, segundo julgamos a Câmara Municipal terá incluído no plano para 1988, mudará completamente, para melhor, o aspecto desta antiga autarquia.
In Monte Farinha, de Março/88.
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Em Agosto do ano passado fomos visitar in loco o talvez milenário "Marco de Campos" que a uns 10 metros da estrada e em frente das portas da antiga venda do SOUSA, demarcava os limites de Mondim com Vilar de Ferreiros, em direcção à mina do Crastueiro. Lá nos deslocamos de novo recentemente para rever essa jóia do passado, mas entretanto alguém lhe deu sumiço. Além do crime foi um atentado contra o património histórico-cultural da região que merecia ser punido severamente para exemplo daqueles que mais por maldade que por ignorância tão mal tratam os padrões tradicionais da nossa cultura e património concelhio.Vamos a averiguar como estas coisas acontecem, e mais quando em marés de litígios, Srs. jurados.....
In O Povo de Basto, de 1-6-88
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ANO MARIANO
Graças ao profundo respeito pela piedade Mariana nutrido pelo pároco de São Pedro de Vilar de Ferreiros e do apoio que teve da Comissão Fabriqueira da paróquia foi finalmente restaurado o antigo nicho das Alminhas da Cruz de Pau , que era a vergonha do centro da aldeia de Campos.
Parabéns Sr. Padre Guedes por esta prenda de Ano Mariano aos romeiros do Monte Farinha e às almas que confiam na nossa oração e devoção. Bem haja.
In Terras de Basto, de 30 de Maio de 1988.
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LÊ e DIVULGA
ESTE BOLETIM INFORMATIVO >
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que aparece a dar, nos mesmos moldes que "deu" a Mondim, foral velho às Ferrarias. Valha-nos Nossa Senhora da Piedade que no seu miradouro, atalaia do Tâmega e foz do mondinense Cabril, bem tem que nos perdoar por lhE rompermos o nome ...com certos historiadores que nascem ou passam pelas margens do Barrio...
Com foral ou sem foral o certo é que Mondim foi quinhão de monarcas e príncipes, tendo também servido de aval e resgate da classe feudal posterior a D.Dinis . A confirmar este juízo nosso está o saber-se que o rei lavrador doou a terra a um um seu filho bastardo, o conde D.Pedro , que por sua vez fez dela concessão ao arcebispo de Braga até que fosse saldada uma divida contraída pelo conde para com o prelado e satisfeita a liquidação da dívida passar a terra e seus foros à posse de D. Teresa Anes " de Toledo" , hospeda de D. Pedro nos paços de Lalim, segundo documento testamentário de 1350.
Deve por isso ser procurada nesta envolvente histórica de Mondim a razão pela qual não aparece a terra com o determinativo de Basto. Quem bem averiguar há-de por certo concluir que Mondim e as Ferrarias de principio nunca foram terras dos condes de Basto, mas sim da fidalguia de de Toledo....
Atentos à marcha constante do tempo, os mondinenses souberam sempre aproveitar as ocasiões favoráveis ao seu desenvolvimento económico e ate cultural. Lembramos como beneficiando da união com o prestígio das antigas Ferrarias se lança na exploração das águas que precisava para regar as suas terras e fazer mover as mós dos seus moinhos de Pisqueiredo, indo captar o precioso líquido desde a Ribeira Velha ao Cabril (Mestas). Mas também na piedade cristã, São Cristóvão de Mondim rivalizou com São Pedro de Vilar de Ferreiros, dando à maioria das aldeias que constituem a freguesia sede do concelho capela aberta ao culto. Dai, surgir Carrazedo, consagrado a Nossa Senhora da Conceição; a parte de Campos, a São Gonçalo; Pedra Vedra , a São Bartolumeu; Vilar de Viando, a Santa Lusia; Senhor da Ponte, com capela da referida invocação, e muitas outras capelinhas que confiadas a cada um dos seus patronos recordam São João Baptista, São Sebastião e Senhora da Piedade a um povo apostado em alargar à sombra de São Cristóvão os limittados horizontes de um largo da capela do Senhor.
Servida pela EN.312 e EN.304, a vila e freguesia de Mondim de Basto é hoje uma das mais formosas e modernas povoações do interiror, primando pelo enquadramento do seu potencial histórico-cultural dentro deste rasgar avenidas e levantar de construções de fino gosto. a propósito recordamos a protecção urbanistica feita em toda a faixa que dos antigos Paços do Concelho ou cadeia municipal
Continua
abundantes topónimos que já ninguém se lembra têm no êrvedo as suas origens etimológicas.
Próprio da região mediterrânica , ervedeiro encontra-se em quase todo o nosso País e o seu fruto, o medronho, parecido com o morango, na forma e cor, utilizado no fabrico da conhecida "medronheira" algarvia, rival da nosso "bagaceira" de Basto.
A aplicação das folhas do ervedeiro nas infecções das vias urinárias, mediante o emprego dos seus extractos por infuso, granjearam também para este arbusto da família das ericáceas a merecida admiração do povo e da ciência médica.
Historiada que ficou a planta que deu também nome a um lugarejo existente em Vilar de Ferreiros é nosso dever agora conduzir os leitores até junto desse Ervedeiro. Eis o caminho: descendo por um carreiro que do lado da capela de São Sebastião vai dar à Ribeira Velha, está o local encontrado. Percorre-lo só bastará desviar lá ao fundo à esquerda e atravessar as verdejantes propriedades rurais delimitadas pelo trajecto que acabamos de de indicar e um outro carreiro que vamos descobrir e nos traz directamente às cortes do Rui, de volta à povoação de Vilar.
Costa Pereira
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SÃO CRISTÓVÃO DE MONDIM
Como que em ex-aequo com Vilar de Ferreiros São Cristóvão de Mondim vê a 3 de Junho de 1514, confirmadas as boas graças que em Lisboa granjeou do rei D:Manuel I que confere aos mondinenses o pergaminho que anteriores monarcas parece terem recusado à rainha do Cabril. Dizemos parece porque é convicção nossa ter Mondim recebido foral mais ou menos semelhante ao de Vilar de Ferreiros da mão de outros soberanos e de cuja referência aos "besteiros do conto" de São Cristóvão de Mondim em documento do séc. XVI se nos afigura relevante neste nosso ajuizar. Como quer que seja o presente depoimento não tem qualquer peso histórico uma vez que nos faltam bases de apoio documentais. Nesta ou pior situação vamos deparar com as Ferrarias ( Vilar de Ferreiros) pois que quando em 1220 os habitantes foram inqueridos por D. Afonso II e obrigados a fazer prova da carta foralenga que D. Sancho I havia concedido à vila de Ferreiros, valeu então aos munícipes das antigas ferrarias ter o exigente rei Afonso, o Gordo, feito fé no testemunho dado por delegados seus de que o juiz de São Gens de Monte longo, Pêro Peres, julgou questões guiando-se pelo dito pergaminho. Caso contrario ninguém tão pouco saberia hoje que Vilar teve foral com os mesmos privilégios do da vila de Ermelo. Se não houvessem testemunhos deste facto histórico agora só nos restava confiar na fértil imaginação de um Sant'Ana Dionísio
continua
< EDITORIAL
Em termos folcloricamente falados, oito anos de labor cantam já sobre as costas desta humilde Folha Informativa, que dois loucos assumiram a "responsabilidade" de colocar a circular, em Junho de 1980.
Com esta, a que podemos chamar brincadeira cultural, entramos, sem dar conta, no nono ano de editorial existência! Se agradamos? - Bem, isso é um problema para os leitores, os poucos leitores amantes da cultura, responderem. Mas visto a nossa opinião também pesar aqui, diremos com certa dose de vaidade, que sim. Como prova, o apoio incondicional dos responsáveis pelo GFRV a todas as nossas iniciativas livremente tomadas em relação à fisionomia e utilização do espaço que podemos alterar e usar sem oposição de candidatos a jornalismo caseiro....A confiança que das entidades civis ou confissionais do meio começa por recair abertamente na acção desenvolvida pela folhazinha dá-nos a impressão de que não está demasiado longe de nós o momento deste agora Boletim Informativo ser transformado em Porta-Voz da freguesia e paróquia de São Pedro de Vilar de Ferreiros. O bom relacionamento entre GFRV, Junta de Freguesia, Igreja Paroqial e Irmandade de Nossa Senhora da Graça pode apontar nesse sentido, a exemplo de Mondim, e doutras terras que em vez de terem o seu jornal próprio, utelizam, pagando, uma página nos jornais acfetos à região. A união faz a força.
Costa Pereira
HHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
ERVEDEIRO
O célebre poeta latino Virgilio (71 - 19, a C), na suas Geórgicas, chamou-lhe arbustus; Plínio, o Velho, no Séc. I, na sua História Natural, designou-o por unedo; os botânicos classicos classificaram-no por Arbutus Unedo Lin; os naturalistas por uva-ursina ou uva-de-urso; os montanheiros deram-lhe o nome de medronheiro, e os nossos antepassados conheceran-no e designaram-no por ervedeiro ou êrvodo. Assim vamos nós tratá-lo aqui como preito de homenagem aos nossos avoengos e respeito aos mui
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A FREGUESIA DE VILAR DE FERREIROS NA BOCA DOS OUTROS....
Arranjo do Largo da Junta de Freguesia
Estão quase prontas as obras do novo edifício da Junta de Freguesia. Procedeu-se aos acabamentos interiores e dando-se agora início ao arranjo exterior do largo envolvente do edifício. A escadaria de lanços largos e amplos permite não apenas que se desça da entrada (entretanto alargada de acordo com o projecto do referido arranjo), mas que em dias de festa, possa servir de lugar de acomodação para festeiros. O largo fronteiriço poderá servir para apoio e instalação de equipamentos próprios de festividades populares. No seu acabamento não será usado gritito da região, vende-se o nosso e compra-se o de fora...
Pensa a Autarquia local deixar espaço para plantio de árvores e jardim, de modo a que dentro de alguns anos se possa desfrutar deste local de encontro privilegiado.
In Monte Farinha , de Junho de 1987.
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VILA DE FERREIROS
Se não fosse travado no seu percurso, Vilar de Ferreiros tinha hoje 768 anos de existência municipal assinalados. Todavia a evolução social e política do País foi transformando a face das tradicionais situações e aproveitadas as potencialidades humanas e geográficas do território, o município das FERRARIAS cede em favor dos mais bem localizados. Como quer que seja, Vilar de Ferreiros era em 1220 a sede de um município ainda prospero em 1258 e que D. Manuel I, em 1514 respeita e consagra no foral dado em simultâneo a São Cristóvão de Mondim. Importa salientar todo este percurso histórico na altura em que Vilar de Ferreiros começa a reunir de novo as condições necessárias para solicitar a quem de direito a dignidade de VILA portuguesa . Caberá agora à Assembleia e Câmara Municipal de Mondim de Basto debruçarem-se sobre tal assunto que resolvido vai por certo prestigiar os promotores da proposta legal e todo um concelho apostado na defesa do seu património histórico-cultural.
In Terras de Basto, 15 de Fevereiro de 1988.
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QUE O CRASTUEIRO E A CEE AJUDEM...
Varias têm sido as sugestões dadas por nós no sentido de estreitar caminho entre Vilar e o Santuário do Monte Farinha, mas de nada tem valido esse explanar ideias...De qualquer forma a nossa teimosia continua de pé e se alguém houver de ter vergonha não somos nós.
Há tempos fomos quase obrigados a ter que meter o carro pelo intransitável estradão que das bandas de Sobreira vem dar ao Trancão ou Secas de Campos, passando pelo Crastueiro. Foi um desastre! O carro não ficou no trajecto porque tinha motor novo e a Senhora da Graça me fazia companhia. Todavia nessa viagem envelheceu mais um bom par de anos. É lamentável que um concelho que pretende captar turistas deixe chegar u estradão a tal estado. Dirão uns que o terreno é florestal e só à Floresta diz respeito; dirão outros que o assunto é das Juntas de Freguesia interessadas ou da Câmara Municipal . Pois nós dizemos que todos terão as suas razões; mas tirando as "suas" o que fica bem à vista de todos é que ninguem quer ver... E isso seria o menos, se não fosse estar em jogo os quilómetros que se poupavam entre Vilar, Senhora da Graça e Atei.
Que o Crastueiro e a CEE ajudem a empurrar as cataratas dos olhos enevoados daqueles quer não querem ver e os estradões abertos ao público não sejam piorse do que carreiros de cabras, são os nossos votos.
In O Povo de Basto, de 16 de Fevereiro de 1988>
Goza este espaço, onde a tradição local aponta como tendo sido acampamento dos exércitos de Décio Júnio Bruto, da fama de que sete conde ali se refugiaram do domínio sarraceno e também ali teriam falecido e sido enterrados. A igreja matriz, de remota construção, ainda hoje vê designada a sua capela-mor por capela dos Condes.Mas tantos eles são que para os identificar um a um não bastaria encontrar o 3º Senhor da Casa de Sousa, seria também preciso passar pelos Cantanhede e quem nos diz a nós acordar à beira dos Alpoins....
Que os heráldicos estudiosos tentem encontrar nos brasonados solares de Santa Ouvaia, da Quinta e de Suidros uma parte do véu e outra parte a procure descobrir quem souber do paradeiro da famosa imagem da SENHORA DOS CONDES de que nos falou um dia um ilustre conterrâneo nosso, o Sr. Padre Domingos Pires Bouça, haver memória em Atei. Nós que mais não podemos fazer do que relatar histórias da história, sentimo-nos entristecidos por ver algures 43 lugares da freguesia de Atei assinalados e entre eles não figurar a Cebidaia, por certo o mais importante em termos arqueológicos. Por aqui se vê o resto....
E vamos finalizar este nosso modesto esboço monográfico, aproveitando do espaço final para carinhosamente saudar a nossa primeira professora, D. Maria Luísa, que com seu dilecto marido e nosso padrinho do Crisma, João Rodrigues Teixeira, da apalaçada Casa do Outeiro, em Atei, são senhores.
José Augusto da Costa Pereira
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TOPONÍMIA LOCAL
Continuando a nossa ronda pela freguesia , vamos hoje destacar alguns lugares que passaram a ser conhecidos toponimicamente pelas fontes existentes aí:
Fonte do Crastueiro - Em Campos
Fonte da Cainha ou Fonte Benta - na Cainha
Fonte de Borba - em Vilar de Ferreiros
Fonte da Valdieira - em Vilar ...
Fonte do Carregal - em Vilar...
Fonte do Ermitão - em Vilar... (Monte Farinha)
Fonte do Bezerral - em Vilarinho
Fonte de Fontelas - Pedreira
Fonte de Cabaninhas - em Vilarinho
Fonte Burrica - em Vilarinho
Fonte de Vila Chã - em Vila Chã
Fonte de Covas - em Covas
Fonte dos Gatos - em Outeiro Meão Grande
Mina do Pires - em Vilarinho
. Folh-33d
. Folha-33
. Folha-32
. Verdadeiro modelo de São ...