Com a descrição acima feita, ficou explicada a razão desta abordagem do tema Borralheiros e paralelamente conhecido o porquê de existirem lugarejos que tomam aqui e ali tais designativos. Poderiamos agora percorrer vagarosamente as propriedades que o nosso conterrâneo Fernando Martins Ferreira povoou das melhores castas de vinho verde, mas o tempo é pouco e o espaço também. Vamos por isso sair daqui, seguindo o caminho que, não muito afastado da Lomba do Barro, passando por Cova de Lobos e Uchas, vai ter à Seara, ao fundo da aldeia de Vilar de Ferreiros.
Costa Pereira
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ATEI
Delimitanda na sua maior extensão pelas vertentes dos cotos dos montes Farinha e do verdejante leito do Tâmega , São Pedro de Atei tem ainda o dorso do monte de Bormela como cabeceira e todo o espaço que do fundo do vale de Suzeiros, passando pela Carvalha do Marco em direcção à Bouça do Cabo sobe até à Cruz das Mimosas, para esticar os pés. Servida pela EN.nº312, que desde Sobreira de Atei rompe a freguesia, a terra que se diz ser berço de Santa Senhornha e São Gervasio de Basto orgulha-se de ser entre todas as terras que constituem o concelho de Mondim de Basto a que maior importância histórica e económica possue O seu vinho verde granjeou-lhe fama, quer pela qualidade quer pela quantidade. Mas como este, também a pecuária em território de São Pedro de Atei atingiu há muito o prestígio próprio das casas tradicionalmente agricolas de entre Minho e Douro.
Com o "selo" nobiliário que dos Sousões se alarga aos Marialvas, muitos outros titulares ou humildes camponeses têm usado do seu brasão de trabalho para dignificar este encantador quadrado geográfico que mais parece um canteiro florido da região de Basto do que parcela rural de terra transmontana.
Tendo recebido foral de D. Manuel I, em 1514, Atei conservou as honras de muncipalidade até meados do Séc. XIX, altura em que deixou de ser concelho para passar a pertecer a Celorico de Basto. Com a restauração do concelho de Mondim de Basto, em Janeiro de 1898, foi anexado como freguesia a Mondim e nessa condição se mantem actualmente.
Desinteressada do imenso património histórico-cultural que lhe coube por herança, a nobre terra do Conde D. Avulfo já nem memória tem do sítio onde ele viveu, e muito menos se lembra qual dos ribeiros ou ribeira da freguesia que deu outrora pelo nome de Baça. Também eu gostava de saber . Não nos surpreende que tal desinteresse tivesse frutificado pela negativa a partir do momento em que perdera a identidade municipal; mas como quer que seja, a laboriosa população de São Pedro de Atei foi longe de mais na sua amnésia....
continua.
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. Verdadeiro modelo de São ...