Sábado, 28 de Março de 2009

Folha 22-c

MATRUS

          Trata-se de uma erva anual da familia das crucíferas, tribo das sinápeas , subtribo das lipidiinas não amplixicaules. segundo os especialistas em Botânica, esta planta medicinal que contem propriedades contra os vermes do intestino é originária do Irão, donde irradiou por toda a Asia antes de conquistar a Europa, na antiguidade. Suplantado nos mercados pelo agrão, também chamado agrião-de-água, o matrus merecia no entanto ser mais apreciado e conhecido , uma vez ter sido muito utilizado pelos Gregos   e Rommanos, que apreciavam iguarias condimentadas e seladas picantes, gozando da mesma forma de justa fama entre nós ao longo da Idade Média.

          Não obstante a rapidez com que se desenvolve e adapta a todo o tipo de solos e quase todos os climas lhe serem favoráveis, o matrus da nossa freguesia está praticamente extinto e os mais jovens já não identificam a  planta sem ajuda dos mais velhos. Sem ser cultivada,  em Portugal esta erva surge às vezes subspontânea, dando disso bom testemunho toda a nossa terra, ao fornecer, na década de 40, carregamentos sem conta desta planta medicinal para a industria farmeceutica(?) .

          Passaram-se mais de quarenta anos sem que o matrus  voltasse a ser citado ou viisto pelos meus olhos, mas o seu travo caracteristico e odor penetrante que lhe experimentamos em criança encontrou eco no espaço da nossa já cansada memória para hoje nos merecer esta homenagem ao "chá das bichas", dado o reencontro que, em Agosto passado, tivemos com a planta ao identificá-la no quintal do Sr.Manuel Lopes, de Vilarinho.

          Embora conhecida entre nós pelo nome de Matrus, os dicionaristas apenas a designam por mastruço, dai a nossa dúvida quanto à forma mais corretca de escrever. Que em Botânica é um Lepidium  salvivum Lin., parece não haver contestação; e isso é quanto basta para provar a sua existência e depois que como dantes o volte a ver em ambundância na freguesia de São Pedro de Vilar de Ferreiros.

Costa Pereira.

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Água mole , em pedra dura....

          Talvez não seja esta a melhor ocasião para falar deste assunto, mas se não fosse agora só lá p'ro Verão...Vamos à questão, e sem demora: SDem pretendermos ferir a cosciência de ninguém, dita responsável, achamos oportuno recordar mmais uma vez que a questão do abasticimento de água nos lugares de Vilar, Vilarinho e Campos continua a ser péssimo e obediente às leis leoninas...Senão vejamos: a Junta entendeu por bem fornecer graciosamente o precioso líquido a quem achou favorável introduzi-lo,  canalizando, em suas casas; ao mesmo tempo que colocou fontenários e lavadouros aqui e além para  servir as respectivas populações.

          Tudo muito bem e certo. Só que nestas coisas é bom estar um pouco fora delas, para ver melhor...De Verão a água é sempre pouca para quem tem os seus canchos , e se não houver "legislação" local ... jamais a freguesia vai conseguir cozer as couves ou matar a sede nos fontanários ! - Que fazer, então? - Pensar de imediato em colocar contadores em todas as habitações e fiscalizar as torneiras públicas. Depois se as penalizações surgirem que revertam a favor de toda a comunidade local.

in O Povo de Basto, 16/10/1987."

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Sexta-feira, 20 de Março de 2009

Folha 22-b

que trilhando o caminho do parente ali continua a granjear o mais qualificado vinho da freguesia.

          Feita a apresentação do lugar que nasceu algures no tempo devido ao facto de ter surgido os primeiros desbravadores da área, apenas pelo topónimo ficou a conhecer-se ser desde há muitos séculos terreno de semeadura como tantos outros, mas que só aqui mereceu as honras de Sernado. Termo que não sendo tão vulggar como senra, e sernadas temos dele conhecimento aqui bem perto de nós, na freguesia de Santa Marinha - Ribeira de Pena, também.

Costa Pereira

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Campanhó

          Empoleirada nas abas do Marão, onde o rio Ôlo corre ao fundo, frente a Paradânça, a freguesia de Santa Bárbara de Campanhó com suas famosas pedreiras de mármore negroe grutas naturais à espera de aventureiros...., dista 20km da sede de concelho e uns 15 do alto do Velão. Pertenceu ao concelho de Ermelo até à extinsão e teve como seus donatários os Marquezes de Marialva.

          Composta por duas aldeias apostadas no progresso, já não conseguimos distinguir auais delas quer ser primeira, se Campanhó, se Tijão. Em boa verdade o espirito competitivo destas duas povoações que constituem esta laboriosa freguesia do concelho de Mondim de Basto, merece especial realce por reflectir  a imagem sadia do bairrismo maronês, durante séculos adormecido ao som do chocalho e das marretas....

          Escolhendo para se implantar o fértil colo que o maciço maronês lhe reservou ali sobre a margem esquerda do Ôlo, Campanhó cedo inciou o desbravamento da terra arável e a qualidade da produção agro-pecuária surge como  prémio e testemunho desse labor do seu povo. Prejudicada durante muitos anos por ficarfora da rota tradicional dos caminheiros que tinham de atravessar o valle do Ôlo ao fundo de Pardelhas, Campanhó é hoje servida por um óptimo estradão que se deslarga da EN304 alguns kms à frente de Mondim para de novo nela entroncar no alto do Velão.

          Famosa pelo seu mármore negro e produção  de cal, esta óasis do Marão em terras de Basto, não pode nem deve ficar excluido do nosso roteiro turistico, porque tem muito   que contar e mostrar em termos etnográficos.

Costa Pereira

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Minha Mais Bela Invenção

          A Virgem Maria subiu ao Céu com o seu corpo: eis o mistério da sua Assunção. Cabe ao nosso corpo a glória de ter escutado a proclamação deste dogma. Possuimos alguém da nossa raça , um irmão, que é Deus. Temos , uma mulher de nossa casa, uma irmã, que é mãe de Deus. Um e outro reunidos, corpo e alma, olham para nós, nos amam e nos esperam na Alegria Etterna.

Michel Quoist     

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Terça-feira, 10 de Março de 2009

Folha 22

< Editorial

          Com as festas em honra de Nossa Senhora de Fátima na aldeia de Vilarinho serenou em parte a normal actividade folclorista da nossa associação que só em 31 de Outubro e as tradicionais festanças dos "reis" e mais tarde os "entremezes " costumam não deixar adormecer a malta...

           Este ano faltou um pouco  aquele habitual dinamismo dos anos anteriores , talvez porque tenha também faltado a disponibilidade de certos elementoos que na terra não encontram muitas vezes as condições desejadas para se fixarem no lugar de origem, obrigando-se a irem procurar fora dos ambientes familiares os frutos que a árvore caseira não dá, quanttas vezes por culpa dos nossos descuidados podadores...

          De qualquer maneira , no todo a campanha cultural e recreativa do GFRV foi positiva ao longo deste ano de 1987, e estamos convictos que mesmo naquilo que poderia ter corrido melhor, serviu de lição para o trabalho a desenvolver em 1988.

          Aprender até morrer, é máxima bem conhecida do nosso povo.

Costa Pereira

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SERNADO

          Como serna, senra ou sernada, o termo sernado tem gramaticalmente o mesmo segnificado de herdade que se semeia; campo raso, próprio para semeadura, o mesmo que sernada. Isto segundo alguns dos melhores enciclopedistas para quem esta palavra não  desapareceu ainda, pois que no  vocabulário dos vulgares dicionaristas já não existe memória nem rumores de tal substantivo. Por estas... e outras, é que nós vamos falar hoje do nosso SERNADO, ou "Sarnado" como pronuncia o povo.

          Mais ou menos a meia distância  da corte do Rui e do pontão da Cachada, no antigo caminho Vilar/Vilarinho, aparece-nos sozinha uma casa de lavoura  cuja ramada que lhe é contígua,  em forma de túnel, a identifica e dá do local uma imagem inesquecível.  

          Encontrado o citado lugar, está localizado o Sernado de São Pedro de Vilar de Ferreiros, que o saudoso conterrâneo ti Quim Miradouro zelou até morrer. Hoje, as referidas propriedades estão na posse do Miguel Lousada,  

continua

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Segunda-feira, 2 de Março de 2009

Folha 21- d

O Nosso Património Na Imprensa e na Rádio.

          Publicado em TERRAS de BASTO , em 16 de Maio de 1987, a noticia que vamos transcrever foi transmitida aos micrófones da Rádio Renascença durante o programa "Homens da Terra" , de 26 de Maio pp, facto que muito nos honra e por isso com os nossos agradecimentos aqui fica reproduzida: "Engenhos do Linho

          A casa do ti Vitorino da Cal tinha ao fundo das escaleiras um curioso "maçadeiro", onde nos tempos em que o linho era uma das culturas fortes da nossa terra, acorriam nas tardes de Verão inúmeras artesãs da aldeia para ver ou triturar o seu futuro bragal.

          Eram estes "maçadeiros" os mais remotos exemplares de maçar ou pisar o linho antes da invenção dos também já desaparecidos "engenhos do linho" de que o rio Tâmega dava uma mostra típica e característica alguns anos atrás.

          O último e único engenho destes que vimos trabalhar na margem direita do rio Sagrado, sob a estação da CP de Mondim, pertencia ao meu padrinho de baptismo, Sr. Esmeraldo Alves de Carvalho, de Fermil, e já lá vão quase 40 anos!

          Um tanto saudosista por esses restos históricos da região de Basto, lembramo-nos convidar hoje os responsáveis pela defesa do nosso Património Cultural senão a proteger os desaparecidos "engenhos do linho" pelo menos a fazerem o arrolamento dos primitivos "maçadeiros" que como em Vilar de Ferreiros abundavam pelas aldeias do concelho de Mondim"

Costa Pereira

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O Ano Mariano e os seus efeito.....

          Ainda não tinha voltado a Santiago de Compostela depois que a UNESCO, em Dezembro de 1985, conciderou parte daquela cidade galega Património Cultural da Humanidade. Lá voltamos recentemente para dar ao Santiago Apóstolo aquele tradicional abraço e formular  numa das colunas do famoso templo o nosso particular "desejo" : ver no decorrer deste Ano Mariano os pastornhos de Fátima, Jacinta e Francisco, beatificados pelo autor da carta enciclica "Redemptoris  Mater" , João Paulo II,

          Como é de calcular, nos intervalos da nossa "Peregrinação" fomos apreciando El Camino de Santiago e maravilhando os olhos com a forma como os espanhóis tratam o seu património regional. Recordesse os espigueiros galegos cuja protecção estatal faz deles monumentos de beleza rural e artística da Galisa.

          E nós por cá, o que fazemos em favor do nossa desprezado património regional? Bem... Que ao menos  se procure salvar as tradicionais "alminhas e cruzeiros" das nossas aldeiias de Basto, e não caia em saco roto a noticia que O Povo de Basto, 1-6- 1987, publicou assim:

           " Temos aí um novo Ano Mariano a decorrer , e se com a efeméride vai ganhar a região de Basto, a nossa freguesia como anfitriã pode e deve engalanar-se de baixo a cima...para receber as inúmeras visitas de peregrinos e romeiros de Nossa Senhora da Graça. Uma boa forma de presentear os que pela aldeia de Campos se dispõem escalar o Monte Farinha era restaurar sem demora as antigas "Alminhas da Cruz de Pau", no centro do povoado. Vamos a isso".

C.Pereira

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SÍNTESE

          Ainda muito jovem partiu para Vila Real e por lá ficou e constituiu familia o nosso conceituado conterrâneo Sr. Felizardo Gonçalves da Escusa (proprietário da "Casa do Alemão"), que no próximo dia 24 de Junho completa 83 anos de existência. Parabéns.

XXX

          Sentindo as naturais dificuldades da falta de sede própria, o nosso Rancho Folcórico lá vai tentando brilhar  por festas e romarias. Força.

 XXX

          As obras da capela de Vilarinho continuam em bom ritmo. P'rà frente.

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