-da o aparecimento dessa casta de estudiosos enquanto confiada a São Vicente contempla as poeiras áureas do passado.
Servida pela EN. 304, que liga Mondim a Vila Real, a dona e senhora das famosas "Fisgas de Ermelo", tem feira mensal, no dia 20, casa do povo, bastante comercio e dista 16km. da sede do concelho, e 32km. da capital de distrito.
Berço de figuras ilustres da cultura transmontana, como por exemplo o Padre Ângelo do Carmo Minhava e o Prof.. Manuel Gonçalves Grilo, a nobre princesa do rio Ôlo tem hoje uma boa fatia do seu território autárquico defendido pelo Dec.-Lei 237/83, que como é sabido criou o Parque Natural do Alvão. Mas porque Ermelo e todas as suas aldeias desde Açoreira ao Paço são terra xistosa do Marão ainda não entendemos a razão de ficar de fora a serra mais conhecida de Trás-os-Montes, fazendo chegar o afastado Alvão desde Vila Pouca até ao solar das águias maronesas.
Ermelo que se viu igualada às demais freguesias sobre as quais teve domínio municipal, que viu fugir das terras de Basto a sua Lamas-de-Ôlo e também a Campeã, soube ao longo dos séculos conquistar o respeito e a consideração da vizinhança, e hoje como outrora tem a particular estima de toda a freguesia de Vilar de Ferreiros, com quem divide desde a Toutuça até ao alto do Toumilo.
C.Pereira
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Toponimia Local
No prosseguimento do inentariar de certos topónimos exstentes na nossa freguesia e cuja divulgaçao entendemos opotuno promover, vamos hoje destacar alguns dos quie aparecem relacionadod com regadio tradicional, desde o pontão da Cucaça até à açude da Isabel:
Rego da Cucaça = Vilarinho
Poça dos Moinhos ou de Sargacedo = Vilarinho
Levada da Moga = Vilarinho
Levada da Regada = Vilarinho
Levada dos Pinheiros = Vilarinho
Levada dos Ingoeiros = Vilarinho
Levada do Balteiro = Vilarinho
Levada do Pensal = Vilarinho
Levada da Varzea de Vilar = Vilarinho
Poças da Mãe-da- Levada = Vilarinho
Poças da Carvalha da Eira = Vilarinho
Poças do Reboredo = Vilarinho
Poças da Tojeira = Vilarinho
Poços do Lodo = Vilarinho
Poços do Lijo = Vilarinho
Poça de Linhares = VIlarinho
Ribeiro da Cavada = Vilarinho
Açude da Ponte = Vilarinho
Vale do Rego = Vilar
Poça do Souto = Vilar
Rego da Escraviança = Vilar
Levada da Ribeira Velha = Vilar
Poça da Bouça = Vilar
Poças do Carregal = Vilar
Poços do Linho = Vilar
Rego de Mondim = Vilar
Poça de Borba = Vilar
Poças das Vinhas = Vilar
Caleiros da Porqueira = Cainha
Poças da Fontrigueira = Cainha
Açude da Isabel = Cainha
Mas quanto a nós, o mais provável aqui é tratar-se de um termo que pretendia demarcar certo espaço geográfico dos demais à sua volta, pois embora localizado numa espécie de vale, vizinho das "Casas Novas", de Vilarinho, o remoto "Barveyto" porque aparece referido num documento de delimitações, podia quando muito ter ali o sentido de cômoro .
Como quer que seja o termo existe na nossa terra e chegou até nós sem grandes alterações morfológicas passados VII séculos. A respeito do termo e de ciência certa sabemos que muito mais tarde em pleno Atlântico viria a dar o nome a uma afamada marca de Vinho da Madeira.
Costa Pereira
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ERMELO
A serrania que deu ou tomou o nome da terra de que vamos hoje ocuparmarmo-nos não é mais nem menos que uma evidente ramificação da vizinha serra do Marão, com uns 10km. de cumprimento entre o Velão e Lamas-de-Ôlo, e uma altitude máxima de 836m. É de Ermelo que estamos a tratar, e muito havia que dizer desta localidade que foi sede dum remoto município até meados do século passado, ou melhor dizendo até 31/XII/1853.
Foi D. Sancho II , quem em Abril de 1196 concedeu, em Guimarães, foral a este medieval concelho que abrangia as paróquias de Bilhó, Campanhó, Campeã, Lamas - de - Ôlo, Pardelhas e o próprio Ermelo. Já antes de D. Manuel lhe ter conferido foral novo em 3/VI/1514, Ermelo tinha visto confirmado o seu foral velho, em Março de 1218.
Desses tempos de notável grandeza e prestígio histórico o que chegou até aos nossos dias foi apenas um pelournho ou picata classificado como imóvel de interesse público, desde há vários anos, e uma ponte bem conhecida, estilo da de Vilar de Viando, também recentemente classificada como imóvel de interesse público, segundo edital da Câmera Municipal de Mondim de Basto, de 22/4/1987. Sinal evidente que não deve tratar-se de Ponte Romana quer esta,quer a de Vilar de Viando, porque se de facto assim fosse eram os Superiores Responsáveis pelo Património Histórico e Cultural deste País que andavam, como certos juristas cá do burgo, a reinar com a identidade multi-secular das nossas terras.
Mas não obstante a falta de elementos visiveis chegados até nós, o arqueólogo e o esturiador competente, têm neste espaço que de Varzigueto se distende até à Ponte - de - Ôlo ou do alto da Tontuça às cumeadas do Barreiro e Fervença, um vasto campo de trabalho.
Da sua atalaia subranceira ao vizinho leito das fugitivas águas do Ôlo, ali ao fuindo ainda não refeitas do choque sofrido pela queda no desfiladeiro das "Fisgas", a povoação de Ermelo, que foi sede de um concelho e abadia de apresentação dos Marqueses de Marialva, aguar-
continua
<Editorial
Estamos no VIIIº ano de edição. E pena é que o bairrismo local não tenha sido tão atrevido como nós ao longo destes sete anos , porque nesse caso e com aquele dinamismo que faltou até ao momento, esta Folha Informativa seria hoje mais um prestigioso porta-voz do concelho de Mondim de Basto, mormente da freguesia de São Pedro de Vilar de Ferreiros. Não surgiu o despertar de vocações jornalisticas quer na "comunidade folclorista", quer no todo autarquico ou mesmo paroquial, e dessa forma os nossos objectivos iniciaiis continuam à espera que a "folha" dê frutos...Uma coisa é certa: a semente foi lançada, pelo Grupo Folclórico e Recreativo de Vilarinho, em Junho de 1980.
Mais jovem, mas também com outra dinâmica e potencial humano , o Grupo Cultural e Recreativo de Mondim de Basto (GCRMB) foi mais longe, e no passado mês de Maio lançou um jornal mensário, que pelas superiores caracteristicas mostra bem não se destinar apenas ao "mercado " regional. Parabéns " Monte Farinha"! Nós vamos unir forças e juntos servir o Património Histórico e Cultural das terras de Santa Senhorinha e São Gervásio de Basto, com Nossa Senhora da Graça lá do Alto a protegger-nos.
Costa Pereira
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Barbeito
Ali, no coração do Bezerral, lugar da aldeia de Vilarinho, e no sopé do denominado "Outeiro da Vila", junto da passagem das águas da Fonte da Saúde ou Ribeiro da Escusa vamos encontrar umas propriedades rurais que já em 1258 eram, como agora, designadas por Barbeito. Do significado do termo vejamos o que nos dizem alguns conceituados enciclopedistas do nosso tempo: "Barbeito. Arroteamento, primeira lavra que se dá a uma terra para depois a deixar de alqueive. Pastagem fraca, pouco viçosa. Vale; cômaro que divide uma propriedade de outra, resguardando-a, (do lat. vervactum)"
Qualquer significado destes pode aplicar-se ao barbeito aqui citado, uma vez as propriedades em questão se prestarem a todas essas interpretações de ordem etimológica.
continua
Apregoamento das Almas
Era tempo de Quaresma. Nessa santa quadra de reflexão, os lares cristãos intensificam a oração em família e mediante a contenção dos humanos desejos de satisfazer o corpo, a alma ganha outras forças novas para prosseguir a sua caminhada...Mas dizia eu que nessa altura era tempo de Quaresma, pois é verdade. O ano devia ter sido aí por volta de 1944. Foi por essa data que certo dia, no fim da magra ceia, e já noite adiantada, um som forte e ritmada duma voz desconhecida e inesperada se espalha por toda a aldeia de Vilar de Ferreiros, espicaçando a uns a Fé, e a outros a superstição. Que será?! Quem será?... ! - Muitas interrogações como estas se fizeram nessa noite. Ainda me recordo de na manhã do dia seguinte minha saudosa mãe segredar ao ouvido da também saudosa ti Marquinhas do Trinta a sua opinião: " Aquilo...vinha mesmo do lado do cemitério..." . Assustado fiquei eu, mas muito bem feito, para não ser curioso.
Só que não demorou muito a ser conhecido o apregoador da piedosa mensagem dirigida do lugar do Outeiro através de um funil de tonel aos crentes da nossa terra. Esse até então anónimo encomendador das Almas era o "Ti Inverno", pai do Albano e conceituado mestre na arte de pedreiro, que há muito havia aqui chegado de terras de além -Tâmega , em busca de trabalho para sustentar a sua prol, numa época de crise económica.
A essa bondosa e popular figura de saudosa memória ficou Vilar de Ferreiros e a etnografia local a dever a reabilitação de um antigo costume que lamentavelmente está de novo em desuso, a voltar ao esquecimento. Se bem que em Vilarinho, o criado do Sr. Carlos dos Encados, o ti Joaquim Lopes, e outros, ainda defenderam durante alguns anos a remota e piedosa tradição.
Uns e outros pela Quaresma, lá subiam no fim de ceia à parte mais alta e erma da povoação para umas 7 ou 9 vezes repetiram todas as noites o aprogoamento , mais ou menos assim:
"Alerta , alerta ,
A vida é curta
A morte é certa!
Ó irmãos , meus !
Filhos de Senhor Jesus Cristo.
Rezai, por quem lá está...
Um Pai Nosso e uma Avé Maria.
Quem puder, será pelo Divino Amor de Deus! "
Costa Pereira
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Noticiário
No passado dia 11 de Março f estejou 41 anos de vida o nosso conterrâneo José Francisco Borges Lopes, casado com D. Maria de Fátima Ferreira Lopes, também nossa estimada conterrânnea. Para festejar a efeméride, o aniversariante reuniu na sua residencia em carnide -Lisboa, entre outros familiares mais próximos , seus pais Joaquim Lopes e D.. Maria Madalena Borges Ribeiro, bem como seus sogros Manuel Lopes e D. Bravelina Ferreira que para vtal efeito se deslocaram a Lisboa nessa ocasião.
Ao bom amigo a quem muito deve esta Folha Informativa e Grupo Folclórico e Recreativo de Vilarinho enviamos o nosso afectuoso abraço de parabéns e votos sinceros para que esta data se repita por longos anos. Parabérns a você.
xxx
Vem aí de novo um aépoca forte de Festas e Romarias para alegrar as terras e as gentes de deste Norte laborioso . A região de Basto não foge à regra e por isso mesmo é de esperar a tradicional actividade do nosso Rancho Folclorico e da Banda de Zés P'reiras durante os meses que que vai durar a função...
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A juventude da nossa terra, tem o defeito dos pais: lê pouco. Ora tal defeito, como é previsivel reflecte-se na cultura geral de cada um. Nem sempre bem cuidada.
Vamos a ler mais e a desperdiça menos o tempo que Deus nos dá, ajundando dessa forma a promover a nossa freguesia nos diversos campos da cultura..
xxx
Já foi noticiado que o nosso concelho vai passar a publicar um jornal com o titulo " Monte Farinha" daqui saudamos o evento e os promotores da inciativa.
Cp
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Esta Folha Informativa aceita colaboração dos jovens. >
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