Sábado, 30 de Agosto de 2008

Folha-16

< EDITORIAL

          Fundado em 1979, o GFRV acaba de entrar no seu 7º aniversário de vida oficial; mas já com um importante curriculum vitea atrás de si que  deixa inveja a muito bons parceiros regionalistas cujo passo não aguentou a marcha...de uma colectividade nova apostada no envelhecimento...Que ssim é de facto prova-o a edição desta Folha Informativa, a criação de um rancho Infantil, a aproximação do grupo com o Centro Cultural de Vila  Real  e o Movimento de Solideriedade Rural e, mais recentemente, a publicação de um opúsculo com o resumo histórico da freguesia, número actualizado de habitantes por aldeia, associações e respectivos fundadores,etc. E quanto se não teria feito mais  se existisse uma sede e condições  de trabalho!

          Água mole em pedra dura tanto dá até que fura....

Costa Pereira

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A Regenga das Ferrarias

          Nas proximidades da Cruz de Rila e do sítio dos Pisões existem umas propriedades rurais, que vim a saber agora, conhecidas por Regenga. O facto teria pouca importância se não fora a circunstância do referido topónimo ter algo de semelhante com "reguengo"  e " rigango", termos que neste caso conferem um certo significado histórico à área geográfica onde aparecem localizados, dado tratar-se de nomes de terras ou propriedades sobre as quais o rei tinha domínio exclusivo.

          Não é portanto difícil compreender a razão deste debruçar-me sobre a referida Regenga (das Ferrarias) e tentar relacionar o denominativo em causa com o étimo de reguengo ou rigango, e dessa forma mostra aqui ao leitor a decoberta de uma daquelas desconhecidas propriedades do Rei de que nos falam já as Inquirições de 1220, apropósito de uma "Carta" de D. Sancho I que torna o Foro de Ermelo extensivo às Ferrarias (Vilar de Ferreiros)  Aí, pela boca do padre João Anes, é afirmmado haver nas Ferrarias: " certo reguengo" ou propriedade da Coroa, dando a terça, a quarta ou oitava parte e a

continua

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Sábado, 23 de Agosto de 2008

Folha-15d

 QUERCUS

          Com o título QUERCUS, chegou-me à mão uma curiosa publicação que se propõe tratar em exclusivo do "Estudo e Defesa da Natureza". É seu director Victor Marques Magalhães e a sua administração está localizada no Convento de Santa Clara - 7300 Portalegre.

          QUERCUS tem, no grupo para a Recuperação da Floresta e Fauna Autóctenes, núcleos de apoio e colaboração espalhados pelos principais pontos do País. Recorde-se aqui o Núcleo de Braga, onde pela pena e conhecimento de Miguel Pimenta fez sair no Nº2 de Quercus um importante trabalho científico sob o título "A situação da Águia-Real na Peneda-Gerês". Deste, retiramos a seguinte passagem:

          " No nosso País a Águia-Real distribui-se pelas regiões do Minho,  Trás-os-montes e Beiras, formando dois núcleos bem diferentes:

          - A nordeste, uma população mais densa e equilibrada que habita os planaltos interiores de Trás-os-Montes  e que se expande pela Beira Interior.

          - A noroeste,  uma pequena população, fortemente pressionada pelo homem e que tende a extinguir-se : a sua distribuição verifica-se ao longo das Serras da Cabreira, Marão/Alvão e Peneda-Gerês."  

          Sublinho "fortemente pressionado pelo homem" e " Marão/Alvão" por duas razões apenas.  Primeira; foi precisamente devido a esse presionamento que a Águia-Real do Marão desapareceu na região de Basto. Segunda: atendendo a que as Fisgas de Ermelo estão situadas nas proximidades do alto do Velão (Marão), e porque nas escarpas  do Ôlo nidificava  a referida ave, aparece agora o famoso local integrado no Parque Nacional do Alvão sem ao menos render homenagem à serra que dá o nome a Trás-os-Montes!?...

          Quem teria sido de Vila Real, de Mondim ou de Ermelo que ajudou a nascer o Decreto-Lei 237/83 excluindo a serra do Marão?

CP

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A Fauna na Toponímia

          Topónimos relacionados com a faunna selvagem que outrora existia na nossa freguesia:

          Cabri = rio

          Cabrão = rio

          Cainha = aldeia

          Chão das Cabras= monte

          Fonte dos Gatos = monte

          Matar a Loba = monte

          Mestas = lugar

          Pombal = lugar

          Porqueira = lugar

          Outeiro Corvo = monte

          Ribeiro Coelho = lugar

          Fojo = lugar

          Vale de Cão= lugar

Costa Pereira

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Noticiário

          Com a participação nas comemorações do 5º aniversário do Centro Cultural de Vila Real, em 30 de Março pp., começou bem a campanha festiva deste ano o nosso Grupo Folclórico, bem como a Banda de Zés P'reiras.

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          Dado que op ano passado o nosso Grupo não foi contemplado com o habitual subsídio camarario resolveu a direcção da colectividade solicitá-lo novamente e em tempo oportuno

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          Já associado do Centro Cultural de Vila Real, o Grupo Folclórico e Recreativo de Vilarinho é desde princípios do ano tambném sócio do Movimento de Solidariedade Rural, de Lisboa, com quem já mantinha óptimmas relações.

xxx

          O Terras de Basto", de Celorico, teve a amabilidae de por mais que uma vez transcrever originnais desta modesta Folha Informativa. Bem Hhaja.

xxx

          Também O Povo de Basto de vez em quado se digna citar as actividades do nosso GFRV. Muito obrigado.

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          Ao aproximar-se a data em que o nosso abade Correia Guedes vai completar 25 anos de vida sacerdotal ao serviço da nossa trabalhosa freguesia, era ocasião das colectividades de cultura, recreio e desporto de São Pedro de Vilar de Ferreirosse reunirem e em conjunto homenegear com toda a população o padre e o amigo da nossa terra.. >

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Sábado, 16 de Agosto de 2008

Folha -15 c

O Lugar do Fojo

          Fruto da obra ali desenvolvida a expensas dos Serviços Florestais, o lugar do Fojo (de Covas) é hoje um ponto agradável de turismo e passagem obrigatória para quem se desloca às decantadas Fisgas de Ermelo, que lhe ficam paredes meias.

          Tendo a norte as águas do Cabrão a correrem-lhe ao fundo e as do Ôlo, da mesma forma, a sul, o lugar do FOJO surge altivo e atraentemente localizado no meio daquela garganta orográfica, como que marco divisório do Toumilo com a Toutuça. Isto a exemplo do que também  vem sendo sua secular tradição: servir de estrema entre as vizinhas freguesias de São Vicente de Ermelo e São Pedro de Vilar de Ferreiros.

          Das origens do seu topónimo me ocupei já no Nº 14 desta Folha e nada existe entretanto que impeça afirmar tratar-se de facto de uma construção, do tipo daquelas a que os espanhóis chamam de "cortellos dos lobos" e nós designamos por fojos, destinados a caçar vivas as feras selvagens que abundavam  naquela área guerreando  os animais domésticos.

          Já conhecido no sé. XVI, pela mesma designação, foi a partir 1932, momento em que os Serviços Florestais deram entrada no concelho de Mondim de  Basto que o até aí ermo e remoto "Fojo de Sercos" passou a ser lugar predilecto... 

          Casa do Guarda, rompimento de estradões, construção de um complexo habitacional para as brigadas de trabalho florestal, são evidentes realidades locais que com  outros benefícios como a moderna capela de São José, deve  ter influído bastante no espírito do saudoso regionalista José Lopes quando em artigo publicado em Noticias de Basto, de 15 de Setembro, de 1973, incluiu, como eu agora, o lugar do Fojo no número das aldeias de Vilar de Ferreiros.

Costa Pereira

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ANO INTERNACIONAL DA JUVENTUDE

          Está a decorrer o Ano Internacional da Juventude em todo o mundo. Também em Portugal, o acontecimento tinha forçosamente que ser celebrado com maior ou menor dignidade, já que cada um dá o que tem...

          Nestas coisas é natural - até para aferir a dignidade moral daqueles que nos governam politicamente - que as decisões partem do antigo Terreiro do Paço ou São Bento, senão mesmo de Belém.  

          Pois meus queridos jovens e conterrâneos de São Pedro de Vilar de Ferreiros, vede a prenda do Governo para a nossa juventude:  

          "Bonita prenda oferece o Governo aos jovens portugueses, neste Ano Internacional da Juventude! É isto, enquanto , eles pedem pão, escolas e trabalho. Não se lhes garante trabalho, nem escolas, nem pão, mas em contrapartida...têm contraceptivos e abortivos e ... de graça!"

In VOZ de Mouraz (Tondela), Abril de 1985.

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Continua  

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Sábado, 2 de Agosto de 2008

Folha-15b

A MINHA TERRA!...

"Minha terra, quem me dera,

Ser humilde cavador...

Cavar-te por minhas mãos,

Com caridade e amor! "

  - Quem será o poeta?

Etnografia:

          A etnografia, é uma ciência descritiva dos usos e dos costumes  dos povos da sua região, com as suas particularidades. Nasceu há cem anos na cidade do Porto.

          Leite de Vasconcelos define-a como estudo descritivo de uma determinada cultura ou área cultural, independente do lugar onde.

          A etnografia abrange ainda pela busca, recomposição histórica da actividade material e cultural, através das suas manifestações de mera cortesia, folguedo, ou rudimentares: A alegria, o sonho, a vida. Visa ainda a técnica, os factos humanos, as relações, o direito, as instituições..., segundo Marcel Griaule.

          À medida em que nos seus estudos se aprofunda, mais dependente fica dos outros ramos de conhecimento: História, botânica, zoologia, e sobretudo na língua materna . Como ele (esse povo) fala.

          " - Ah !... à Ti Palhêra....o qu'o sê perquinho tem, são mêdos!...

          - Ah !....ah se Manéli...o qu'é que são mêdos!?..." 

Folclore:

          O folclore é a manifestação inequívoca da arte de um povo, palavra que teve a sua origem em 1846. Foi seu autor William G. Thmas.

          O folclore é portanto o ramo da etnografia que visa em especial a recolha e descrição de tradições orais de qualquer povo, ou da literatura oral, diz-nos o Prof. Jorge Dias.

In Região  de Leiria, de 17/8/984.

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 COM DEUS ME DEITO

Com Deus me deito,

Com Deus me levanto,

Com a graça de Deus - Filho

e do Divino Espírito Santo.

Nossa  Senhora me cubra, com Seu manto;

Se eu com ele cuberto for,

Não terei perigo, nem temor,

Nem coisa que má for.

Com as armas de Deus guardado

e com o manto de Nossa Senhora agasalhado:

Terei as portas do céu abertas e inferno fechado.

Quem a sabe, não a diz.

Quem a ouviu e não aprendeu,

Lá no dia de Juizo, saberá o que perdeu.

--------------                ------------

          Trata-se de uma oração antiga que ouvi  centenas  de vezes recitar por minha saudosa mãe, dado que o fazia pelo menos duas ocasiões ao dia. Lembra-me também dela insistir comigo para que a fixasse bem...e a rezasse sempre.

Costa Pereira

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Ser Bairrista...é:

AMAR a terra - berço

Moderar exaltações

Apoiar iniciativas

Respeitar a comunidade

x

          Trabalhar e investir na terra é também um meio de regionalidade que cabe a cada um pôr em prática.

CP

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Escassez

          As casas de gente humilde são quase sempre melhor governadas, porque, infalivelmente, guardam esta regra: Um traz, outro aproveita.

D. Francisco M. de Melo

----- Assim fosse , em nossos dias, digo eu.

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Continua  

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