Sábado, 29 de Março de 2008

Folha-6c

           Sendo assim põe-se de imediato a seguinte questão: qual o motivo porque passou Vila Nova de Freixieiro a denominar-se Celorico, se nem tão pouco -que eu saiba - existe no concelho qualquer topónimo de lugar designado por  esse nome? E se não existe  de fac to nenhum lugar conhecido por esse nome, como é possível axeitar a tese dos seguidores de Contador de Argote ao pretenderem identificar Celorico de Basto com a Celióbriga de que nos fala Ptolomeu, se a actual vila como povoção é de recente origem? 

          Na freguesia de Vale de Bouro há pelos vistos um lugar chamado Mondim e na freguesia de Caçarilhe um outro denominado Basto, curioso seria investigar se dentro doutras terras do concelho não haverá qualquer pista que levasse os estudiosos a detectar um lugar chamado Celorico,

          Dado quie ainda não há muito tempo foi descoberto u "cemitério pré-histórico" nas proximidades de São Bartolomeu do Rego, importante seria também fazer explorações arqueológicas nas vizinhanças do casdtelo de São João do Ermo ou Arnoia que permitissem descobrir vestígios de qualquer citânia que porventura ali tenha existido antes ou depois do castelo e com possibilidades de ser identificada com o antigo Cilobriga dos romanos...

          É que não basta alegar que " segundo as Inquirições de D. Afonso II e Afonso III, a Terra ou Julgado de Celorico reúnia freguesias que pertencem aos actuuais concelhos de Amarante, Felgueiras e Fafe" - pois até neste ponto faltou incluir Mondim de Basto - , o importante será analizar se o antigo denominativo, Celorico, era aqui usado, então, para designar  uma povoação em particular ou uma certa área geográficca e administrativa, como sucede com o também enigmático denominativo da região: Basto.

          Penso que este problema deverá , se possível, ser esclarecido antes de se continuar a avançar com novas teses que em vez de ajudarem o historiador podem muito bem dificultar-lhe a investigação da verdade histórica , o que a vverificar-se também não prestigia em nada o concelho de Celorico de Basto que todos sabem herdeiro de um passado nobre e glorioso.

José August da Costa Pereira

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O Alambique

          Do grego ambix, pelo árabe allambiq, trata-se de um aparelho de destilação composto de uma espécie de marmita , chamada cucúrbita em que se colocam as substâncias destinadas à destilação, e de um modo capitel  que cobre a cucúrbita , recebe os vappores  e dirige-os, por um tubo inclinado, para o refrigerante. Ai os vapores, esfriando passam por um tubo espiral , chamado serpentina, que imerge em água fria, voltando os vapores ao estado liquido.

          Com este aparelho ou melhor com dois destes aparelhos é feita na região de Basto a famosa bagaceira derivada da "cobertura" do mosto das nossas uvas da vinha de enforcado.

          A citada "cobertura" - ou bagaço de uva -  é depois de espremida, nas nossas prensas  

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Quarta-feira, 26 de Março de 2008

Folha-6b

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          Eis agora em que termos correu mundo o nome do GFRV:

          " Folha Informativa do Grupo Folclórico e Recreativo de Vilarinho - Vilar de Ferreiros - 4880 -Mondim de Basto.

          Recebemos a visita do nº 5 desta interessante Folha Informativa, modesto periódico de 4 páginas que bem merecia o auxilio da Comunicação Social ...mas não trata de politica e publica "Passatempos" que constituem importante tabu...

          Louvamos o seu Redactor, Sr. Costa Pereira, que em poucas palavras pretende abrir os olhos aos cegos e desenferrujar os ouvidos aos surdos teimosos, aconselhando-os a aprender a falar Esperanto, a língua admirável  que não tardará a ser considerada "segunda língua materna da cada povo" a bem da humanidade, desta pobre humanidade em que presentemente ninguém se entende, onde campeiam o ódio, o materialismo sujo, a inveja, a falta de respeito mútuo, a desordem social.

          Tenhamos esperança de que após a actual tempestade que abala todo o mundo, surja a bonança que dê à humanidade redimida a alegria de viver uma vida sadia , justa e livre de preocupações escusadas.

Alves de Moura".

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À Volta de Celióbriga......  

          Uma das atribuições estatutárias do GFRV e, consequentemente, da sua modesta Folha Informativa é defender e proteger o património histórico e cultuiral da região de Basto. Logo contribuir  com algumas acheggas ou aditamentos que facilitem o investigador historico a trilhar com segurança o caminho difícil que conduza  à descoberta da verdade histórica, parece ser uma atitude positiva, mesmo que os problemas abordados sejam contorversos ou desajustados com as teses já consideradas definitivas.   

          Vem isto a proposito da leitura que fiz recentemente de um trabalho monográfico que Carlos de Sousa Machado editou em 1951 sob o título " O Nosso Concelho - Celorico de Basto" e cujo conteúdo me despertou interesse e , sobretudo, muita curiosidade.

          Foi precisamente essa curiosidade que fez nascer em mim o desejo de colocar aos leitores desta Folha fotocopiada algumas questões que a leitura atenta do referido trabalho levantou no meu espírito de observação.

          Assim, diz a certa altura , o autor: " Celorico recebeu foral dado em Évora por D. Manuel I, no dia 29 de Março de 1520. Chamava-se à primeira sede do concelho Vila de Basto e devia ficar junto ao castelo, na freguesia de Arnoia.

          Diz-se que por ser agreste e frio o lugar onde estava instalada, se pensou na mudança primeiro para o sítio chamado Outeiro Coelhos, ao que se opôs a casa do Telhô e depois para Freixieiro,  para onde efectivamente se modou por provide D.João V com data de 21 de Abril de 1719, tomando o nome de Vila Nova de Freixieiro. Ficou a norte do antigo lugar deste nome e junto ao rio chamado também de Freixieiro, na freguesia de Britelo..."

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Domingo, 23 de Março de 2008

Folha-6

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< Editorial

          No dia 31 de Outubro do ano corrente a nossa Associação completou mais um aniversário - o segundo - como instituição oficializada.

          A recordar a efeméride, recebemos de várias entidades oficiais e particulares, algumas palavras de estímulo que penhoradamente agradecemos.

          Também para além de palavras cabe salientar o apoio económico e social dispensado pela nossa Edilidade e que se traduziu na dádiva  de 50.000$00; sem dúvida uma oferta relevante que na pessoa do Sr. Nuno Ferreira de Noronha aqui fica bem destacado o nosso reconhecimento à Câmara Municipal  por   ele presidida. 

          No campo das actividades culturais e recreativas apraz-nos registar as exibições   do Rancho e Grupo de Zés P'reiras em Verin (Espanha), bem como as deslocações a Mondim, Vila Real, Régua, Ribeira de Pena, Cabeceiras, Campos e Travassos.

          Para muitos o que se fez terá sido pouco, para outros talvez nada, mas para nós foi o que humanamente se pode fazer neste ano de 1981.

          Vai surgir novo ano, com ele eleições dos Corpos Gerentes para o triénio 81-83, que irá requerer dos eleitos trabalho e dedicação desinteressada  pela causa do GFRV.

          Que tudo decorra a contento dos nossos associados são os votos que formulamos no limiar de 1982, confiantes também no adágio do " Hora a hora Deus melhora".

O Director.

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Esperanto

          A conceituada Revista Portuguesa de Esperanto, da qual é Directoor o ilustre freixieirense - porque não é natural de Celorico da Beira..., mas de Basto - Dr. Eduardo Marinho Alves de Moura, agradecendo as humildes referências que esta Folha Informativa fez, no seu último número, do genial invento que imortalizou  ZAMENHOF, retribuiu-nos com idêntico gesto acrescido de elogiosas palavras e incentivos ao prosseguimento do nosso trabalho. Bem haja. 

          Não queremos entretanto deixar de fazer aqui a transcrição completa do texto em questão e recordar mais uma vez aos leitores desta Folha para que de facto tentem estudar Esperanto ou pelo menos ajudem à sua divulgação.

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Quinta-feira, 20 de Março de 2008

Folha-5d

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          Vindimando uns, tratando do vasilhame outros,  é no entanto a pisa das uvas o acto mais alegre da vindima.

          Depois da ceia os pisadores, em camisa ou de calças arregaçadas, entram no lagar e numa espécie de marcha lenta e ritmada esmagam durante  umas três horas os suculentos bagos sob os pés, enquanto velhos e novos reunidos ali à volta cantam e dançam ao som do bombo ou da concertina.

          Desfeitos os bagos, estes vão começar com o líquido a levantar fervura apparecendo o mosto aí por volta de uns 5 0u 6 dias já transformado em vinho, mas deixando ao de cima "cobertura", composta por todos os resíduos sólidos, que ainda vão depois ser espremidos nas prensas tradicionais de forma a não se deixar perder uma só gota do "alimento" de maiis de um milhão de portugueses, e não só... 

          O envasilhamento do vinho é também um pormenor interessante da vindima que acontece  quando o mosto acabou de "ferver" e deixa levantada a "cobertura".  É então aberta a bica do lagar e o vinho começa a correr para a dorna, donde em gaibos é retirado para as pipas em que ninguém mexe mais até ao São Martinho....e depois no fim do Inverno para se fazer a trasfega".  

          Posto isto aqui têm os leitores a homenagem por nós devida à videira, e que esta folha de informação e cultura não podia deixar  passar despercebida.

Costa Pereira

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Provérbios

          Pelo San'Tiago apinta o bago

                             xxx

          Em Agosto, anda o diabo no poço

                             xxx

          Quem pelo São Miguel não colhe, durante o Inverno não come

                             xxx

          Até ao lavar dos  cestos é vindima.

                             xxx

          Pelo São Martinho vai à adega  e prova o vinho 

                             xxx

          De Santa Catarina ao Natal ou vai chuver ou vai nevar

=====================================

Aos Associados

          Devido ao facto do redactor da Folha Informativa do GFRV ir entrar de férias em meados de Julho, a publicação nº 5 desta Folha que  devia sair em Agosto teve de ser um mês antecipada.

          Tal facto impede-nos de publicar entre outras rúbricas , o  "Noticiário", pelo que pedimos desculpa aos associados.

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Você sabe, mas....

          Como no número anterior o que se pretende é que o leitor continue a formar nomes de lugares da freguesia de Vilar de Ferreiros, dando nós em "pontos" o número de letras com que se compõe a palavra;  e uma ou duas letras para ajudar .... Assim:

          B....

         .ch..

          .....l...

          ....n...

         .....i..

---------------------------------

JOVEM

Colabora com o GFRV

----------------------------------

Assim, também eu sabia.....

          (1-Borba; 2º-Uchas;3- Aveleda;4º Farinha (monte) e 5- Pedreira) >

 

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Terça-feira, 18 de Março de 2008

Folha-5c

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Vindimas

          Introduzida na Península Ibérica pelos romanos, a videira é um arbusto sarmentoso da família das vitáceas, de folha caduca, que se dá bem nos climas quentes e  um tanto secos.

          No território que é hoje Portugal já se conhecia a videira há uns 4 ou 5 séculos antes de Cristo; sabendo-se também que um dos princípais elementos da vida das tribos Luso-Galáicas era a cultura da videira e fabrico caseiro do vinho, o que neste sentido muito deve tter contribuido a influência árabe na Península com pricessos anteriormente desconhecidos de cultivar a videira e de aproveitar, depois de fomentado, o sumo da uva.

Derivado à existência de muitas variedades de videira, de solos de composição diferentes, de climas diversos e de processos de cultura variáveis, fabricam-se em Portugal vinhos de aspecto, sabor e qualidade muito diferentes.

          Na zona de Basto, região demarcada de "Vinho Verde", predominam entre outars espécies de videiras as que produzem a uva borraçal, bugalhal, tinta pinheira e a tinta francesa, onde paralelamente ainda se aproveitam, apenas para consumo caseiro, as uvas da videira americana cujo vinho não pode ser comercializado, embora seja muito apreciado.

          Na freguesia de Vilar de Ferreiros a cultura da videira e o fabrico do vinho são de tradição remota. Já no século XIII os habitantes das Ferrarias de Entre Tâmega e Douro tinham que dar ao rei ou a quem o representava " unum quartarium de vino" anualmente.

          Mas para melhor falar desta  curiosa actividade económica  que na nossa freguesia e na região de Basto tanta importância tem, vamos ouvir o Sr. J.F. Borges Lopes : - Para se fazer a selecção de certas castas de uva é necessário enxertar as videiras quer seja  no "produtor directo", videira brava, quer noutra videira qualquer. É já com esta operação realizada que se consegue a uva que produz o chamado vinho nacional, caso isto não se fizesse, em vez de deste vinho que é altamente comercializado, tínhamos por regra o tradicional "vinho americano" cuja comercialização está proibida..

          Possuídas as vitáceas que na nossa terra são dispostas em bardos, ramadas ou dispersas pelos canchos e empoleiradas nas árvores mais fortes que lhe servem de tutor , a videira é podada entre Novembro e Fevereiro; para se começar depois, na Primavera, a tratar as folhas e o fruto com produtos químicos até à limpa que se dá por fins de Junho ou meados  de Julho.

          Amadurecida a uva, que é um fruto de Verão, inicia-se a sua colheita em fins de Setembro, onde para tal se reune o maior número possível de pessoas a quem são atribuídas entre outras actividades a de vindimador, lagareiro e pisadoor, e que desde essa data até fins de Outubro não têm mãos a medir. 

continua

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Domingo, 16 de Março de 2008

Folha-5b

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Esperanto

          Como a música é universalmente entendida no  seio de todos os idiomas, o Esperanto é uma língua universal  de fácil aprendizagem cujo ensino devia ser obrigatório em todas as escolas do mundo, em paralelo com a língua - pátria, correspondente a cada país.

          Folclorista que pensas um dia deslocar-te com o teu Rancho, com o teu grupo de Zés P'reiras ou como simples porta-voz da tua região a terras estrangeiras cuja língua tu não sabes falar, decide-te: aprende a falar esperanto!

          Dirige-te  à Associação Portuguesa de Esperanto - Rua Dr. João Couto, lote 1238 r /c-A Lisboa ou ao Dr. Alves de Moura - João Chagas, A.M. - 2795  Linda - a - Velha.

          No caso da nossa terra, agora que temos luz eléctrica é necessário utilizar esse benefício na ilustração cultural e espiritual da juventude, pondo termo à escuridão...

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Arqueologia

          Começa a existir entre nós um certo interesse pelas questões arqueológicas  tanto históricas como pré-históricas, razão porque convêm alertar os leitores desta Folha Informativa do GFRV para tão curiosa forma de historiar como é  a arqueologia.

          Os dados arqueológicos são constituídos por todas as alterações no mundo material resultantes da acção humana. -  No dizer de V. Childe.

          Testemunhos arqueológicos não faltam por todo o espaço geográfico da freguesia de Vilar de Ferreiros, faltam sim estudiosos para os  localizar, investigar e defender até que surjam arqueólogos autorizados para os classificar e datar.

***********************************

Poetas que nos saúdam

          Do poeta da região de Basto e muito nosso dedicado amigo Sr. António Senra, residente em Celorico de Basto, recebemos estes lindos versos:

          Ao Grupo Folclórico e Recreativo de Vilarinho:

          Nós louvamos Vilarinho

          Aldeia do nosso Minho...

          Onde há paz e harmonia.

                Dançando as voltas do  vira

              Num vaivém, gira que gira,

             Gira em nós muita alegria!

          Nas sonâncias das cantigas

          Rapazes e raparigas

          Batendo o pé apressado,

          Não pensam na contradança,

          Numa manhosa lembrança

          De haver beijo roubado....

                 Mais uns passos, dois ou três,

Vamos bater outra vez

         Nossas chinelas no chão.

       Batendo passo acertado,

        Assim bate compassado

O pulsar do coração!

          Vilarinho de Ferreiros:

          Nós somos de ti herdeiros

          Dum povo trabalhador.

          Nossa Senhora da Graça

          No dia a dia  que passa

          Nos dedica o seu Amor!

                                  1981.

Continua

 

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Sexta-feira, 14 de Março de 2008

Folha-5

<Editorial

          Cá estamos mais uma vez "balançando" as actividades crescentes da nossa associação, rendendo desde já as melhores homenagens a todos quantos nos têm ajudado a cumprir, na medida do possível, as nossas obrigações estatutárias e os "mandamentos" do regionalismo.

          Limitado por falta de instalações condignas , instrumentação capaz e de transporte próprio, o GFRV tem, mesmo assim, conseguido dar pprovas de maturidade associativa, granjeando prestígio dentro e fora da região.

          Para gravar a quase totalidade do reportório folclórico do Rancho, desloucou-se  aqui no dia 18 de Abril uma equipa técnica do Centro Cultura Regional de Vila Real que levou consigo para divulgação, a nossa música e a voz melodiosa da gente de São Pedro de Vilar de Ferreiros.

          Mas a acção cultural do nosso Grupo não se queda por ali. E assim, graças à boa vontade e talento artístico do nosso amigo Sr. Carvalho, do Bobal, a quem o nosso Rancho muito deve, temos em funcionamento desde princípios de Maio uma "escola de música" ao dispor dos nossos associados, e não só, para se quiserem aprendam os segredos da Rainha das Artes.

          Também no campo das actividades normais da nossa associação, estivemos representados pelo nosso Rancho, em 22 de Maio, num Festival Folclórico realizado em Godim (Régua) e na festa de São Gonçalo, em Campos, no dia 14 de Junho.

          Parar é morrer, diz o povo com razão.

O Director.  

*********************************************

JOSÉ LOPES

           Nascido a 17 de Maio de 1922, em Molares, Celorico de Basto, faleceu no dia  13 de Abril do ano corrente, no hospital de Arnoia, este nosso dilecto Amigo e conceituado poeta da região de Basto.

          Foi co-autor da letra da marcha de Vilar de Ferreiros e era sócio honorário da nossa Associação.  

          Deixou viúva a Sra. D. Maria Eugénia Rodrigues Lopes, também nossa dilecta e respeitável Amiga, a quem apresentamas sinceras condolências.

Continua

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Quarta-feira, 12 de Março de 2008

Folha-4d

xxx

          De Janeiro a fins de Março, o movimento demográfico da n/freguesia sofreu em relação a mortes e nascimentos natural oscilação. De modo que perdemos para sempre os saudosos conterrâneos Srs. Serafim Carvalho, de Covas; Rosalina Gonçalves Barroso, de Vilar, e Matilde da Silva Lopes, de Vilarinho. Média de idade: 76 anos de Vida.

xxx

          Durante o mesmo espaço de tempo viram a luz do dia 8 crianças, dois rapazes e seis raparigas, dos nomes escolhidos já consta um Márcio e uma Vera Lúcia, sinal que a influência das telenovelas brasileiras vai chegando....mesmo onde os portugueses  ainda não fizeram chegar a luz electrica.

          Paz para os falecidos. Sorte para os recem-nascidos.

**************************************

A Sabedoria do Povo

Em Abril águas mil

x

Fraco é o Maio que não rompe uma croça.

x

A velha guardou a melhor cepa para comer as cerejas ao lume

x

Em Junho foucinhas no punho

x

Pelo San'Tiago  apinta o bago.

x

Quem quer vai, quem não quer manda.

x

Filho és, pai serás.

************************************

Você sabe, mas.....

          Se quiser chame-lhe jogo de memória, se não quiser chame-lhe um brincadeira . O que se pretende é que o leitor tente formar nomes de lugares da freguesia de São Pedro de Vilar de Ferreiros, dando nós o número de letras que compõe a palavra através de pontos (.....) e uma letra ou duas para ajudar.

          Exemplo:

          ....r...o

          Seria Vilarinho

=========================

....S

E.....T.

....H.

...T.S

...E...L

..LV....

..L.

..J.

.A....0.

***********************************

Um Convite

          Se uma terra vale aquilo que os filhos querem que ela  valha, um boletim informmativo com as características desta folha valerá o que os associados e dirigentes do G.F.R.V. desejarem....

          Associado: colaboro e participa na vida da tua colectividade. Dá sugestões, notícia e se não ajudares não critiques, o pouco que os outros façam.

          Faz qualquer coisa! Ajuda a melhorar.

============================

          Você sabia:

          (1- Covas; 2- Barbeito; 3- Cainha; 4- Mestas; 5- Bezerral;6-Calvário; 7- Rila (cruz de);8-Fojo, e 9-Palhaços).>

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Segunda-feira, 10 de Março de 2008

Folha-4c

          À medida que as seiras vão sendo espremidas, o azeite é libertado juntamente com o pilro  (borra da azeitona) para dentro dum depósito em pedra onde entra auxiliado pela água da escalda com que constantemente as  seiras são rescaldadas para facilitar a separação do azeite. O referido depósito (pilão) comunica com um outro de forma a que o azeite por ser mais leve se separa do pilro e entra pela parte superior no segundo pilão, donde vai sendo tirado em medidas para os gaibos e daí transportado para as tanhas . 

          O bagaço da azeitona na região de Basto ou se quisermos na freguesia de Vilar de Ferreiros (antigas Ferrarias de Entre Tâmega e Douro) apenas serve de alimento às fornalhas das azenhas, embora apareçam pessoas a comprar algum e que sabemos ser, depois de caldeado, um óptimo alimento para os animais, em outras terras do país.

           Durante o período em que funcionam as azenhas é tradição grupos de pessoas se juntarem ao calor da fornalha comendo batata assada, regadinha com azeite novo. Ou então comendo em casa cibos (pequenos pedaços) de pão - milho ou centeio molhados em borras  de azeite retirado do pilão do pilro . 

          Actualmente as tradicionais azenhas de moer azeitona estão a ser substituídas pelos modernos lagares, em prejuízo duma remota tradição, tão velha na  região  de Basto como o aparecimento da oliveira ali.

          Antes de terminarmos esta etnográfica homenagem à azenha, gostávamos de lembrar aqui aos amigos dos moinhos a necessidade que há em salvar os poucos exemplares ainda existentes destes tradicionais engenhos, e lembrar ao agricultor de Basto que por favor não deixe que entre nós desapareça a cultura da sagrada oliveira.

          José Francisco Borges  e J.A. da Costa Pereira.

*******************************

A

Leite de Vasconcelos

          Quando se fala de costumes ou tradições do povo português é justo que se recorde um nome nacional que à etnografia deu grande parte do seu talento. Essa figura ilustre foi José Leite de Vasconcelos que nasceu em 1858 e faleceu em 1941. Escreveu entre outros valiosíssimos trabalhos: Tradições Populares de Portugal, Religiões da Lusitânia , Ensaios Etnográficos, Filologia Mirandesa, e muitos outros que merece a pena conhecer.

          A nossa terra necessitava da erudição de muitos etnólogos como Leite de Vasconcelos que hoje aqui homenageamos.

**************************

Noticiário

          A nossa ida a Espanha (Verin ) no pretérito dia 1 de Março, constituiu uma agradável jornada cultural e recreativa para todos quantos nos acompanharam àquela linda vila espanhola que o Grupo Folclórico e  Recreativo de Vilarinho jamais olvidará.

continua

 

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Sábado, 8 de Março de 2008

Folha-4b

          Os nossos avós usavam o azeite como combustível para iluminação e, ainda hoje, é usado nas igrejas para alumiar o Santíssimo.

          A azeitona que é um fruto de Inverno começa a atingir a fase de amadurecimento em meados de Dezembro, sendo normal consoar com temperos de azeite novo. Embora só a partir do princípio de Janeiro  as azenhas atinjam o seu máximo de laboração e as tanhas (talhas) comecem a encherem-se com o precioso óleo. Entretanto alguma  azeitona é curtida em gaibos  (recipientes) onde entre outros temperos constam o loureiro, o limão e o sal.

          A azeitona é moida em engenhos que na região de Basto, mormente na freguesia de São Pedro de  Vilar de Ferreiros, são designados por azenhas. Para melhor entender o funcionamento desses engenhos, vamos ouvir o nosso conterrâneo Sr. José Francisco Ribeiro que nos vai falar das azenhas movidas aqui pela água  que corre pelas nossas levadas da Ribeira Velha e da Cucaça .

          Água leva o regadinho

          àgua leva o regador

          enquanto rega e não rega

          vou falar ao meu amor

          Com esta quadra damos então a palavra ao ti Zé Ribeiro, de Vilarinho, para que nos fale das características e tradicionais azenhas  de fazer azeite em terras de Basto, conta ele:

          " Temos em primeiro lugar, uma grande roda c/copos ou pás cujo eixo transmissor movimenta rotativamente uma roda dentada em forma de tambor na qual engrena uma outra roda horizontal que faz girar a galga. Esta   é composta por um tambor, onde estão engrenadas duas mós em pedra que dentro dum depósito tipo almofariz esmaga a negra azeitona.

          Depois de transformada em massa vai assim para dentro de fortes seiras de esparto - planta cuja fibra é empregada no fabrico de cordas e outros tecidos, designadammente as seiras - que em seguida são colocadas sob uma prensa em madeira, donde é espremido e extraído o delicioso azeite. Estas prensas são accionadas por meio de um fuso também de madeira e em rosca que uma tranca (alavanca) rodada pela força humana faz suspender uma pesada pedra ( o peso) existente na extremidade do fuso. Nesta operação as seiras são o centro de apoio da trave ou prensa.

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