A associação tem por objectivo defender e divulgar a música e cantares tradicionais da região, bem como outras manifestações culturais de índole popular, que a defesa do património artístico do País exige, propondo-se promover reuniões regulares, conferências, exibições públicas de danças e cantares, edição de revistas e outras publicações sobre folclore, etnografia, coreografia e corografia da região de Basto, ou ainda proceder a gravações de trabalhos seus, procurando para além disso manter relações com outras associações afins, sendo a sua duração por tempo indeterminado.
Para ser sócio do Grupo Folclórico e Recreativo de Vilarinho é necessário ter 18 anos de idade ou, no caso de idade inferior, obter o consentimento dos país ou encarregados de educação, identificar-se com os objectivos anunciados nos artigos 2º e 3º do capítulo 1º dos estatutos, ser proposto por um sócio e não ter havido nenhuma moção contra nos 15 dias imediatos à inscrição, que ficará exposta na sede, por parte de alguns associados que a direcção ache oportuno tomar em consideração. Todos os sócios têm direitos e deveres iguais, nomeadamente o de votar e ser eleito em assembleia geral e o de desfrutar dos bens do Grupo.
A qualidade de sócio perde-se pelos seguintes motivos: por petição própria e no momento que deseje e por decisão da maioria de dois terços da assembleia geral, mediante proposta da direcção ou por iniciativa da própria assembleia geral , quando se verifique que o sócio, pela sua conduta, palavras ou escritos, ofenda ou prejudique os outros membros ou os princípios , fins ou reputação da associação.
Está conforme.
7º Cartório Notarial de Lisboa, 14 de Novembro de 1979 - A Ajudante, Cidália Inácio Duarte Palma"
*******************
E encerramos este breve esboço sobre o aniversário do GFRV , com os versos que o poeta celoricense José Lopes consagrou à nossa associação, em 10 de Agosto de 1980:
" Vilarinho é um jardim
de variadas flores
onde viceja o jasmim
e predominam amores
Teu Grupo Recreativo
em folclore ele é rico
nas modas e nos cantares
e também nos bailaricos
Tens um passado brilhante
que se destaca entre os mais
de ti dimana a magia
que dá vida aos teus anais
Reviva em vós o passado
eternize-se o presente
Vilarinho - boa terra
seja a luz de toda a gente !"
Da minha parte as felicitações amigas do associado
Costa Pereira
continua
Até aqui a folha não passou além de um A4, e mesmo assim nem sempre preenchida totalmente, quer no 1º, quer no 2º número. Graças a mais uma prova de generosidade acrescida, por parte de quem nos fotocopiava o trabalho, o nº 3 do boletim, correspondente a Dezembro/980, é o primeiro a sair em A3. Do seu conteúdo vamos fazer a transcrição que vale a pena ler na íntegra:
<Editorial
Dado a exiguidade das instalações escolares de Vilarinho, foi-nos solicitado pelas entidades Camarárias do concelho, através do pelouro da Educação, facilidades para funcionar na nossa sede durante o ano lectivo de 1980/81, o ensino das classicas 1ª e 2ª classe do Ensino Primário; o que nós, depois de ponderar devidamente sobre tão delicado problema, resolvemos dar o nosso inteiro acordo, pensando com a nossa atitude beneficiiar as famílias e as crianças em idade escolar dos lugares de Bezerral, Fundo de Vila e Bairro de Baixo.
Sem prejuizo das normais actividadesdo GFRV, as instalações provisórias da sede da nossa Associação estão a prestar, desde Outubro pp, para além dos fins a que se destinam inicialmente, um valioso serviço público e nacional à freguesia de São Pedro de Vilar de Ferreiros: funcionando como templo cultural e formativo dos homens de amanhã!
" A choupana onde se ri vale mais do que o palácio onde se chora"
M.M.Borges Lopes
*******************************
O NOSSO ANIVERSÁRIO
No passado dia 31 de Outubro a nossa Colectividade completou um ano de vida, tendo por isso recebido inumeras felicitações pelo acontecimento, que lhe foram dirigiddas dos mais diversos pontos do País pelas também mais variadas personalidades.
A seu tempo procedeu-se ao envio dos respectivos agradecimentos a todos quantos se associaram a tão festiva efeméride, reforçando aqui o nosso bem haja a esses dilectos Amigos.
*************
A titulo informativo e documental vamos transcrever na integra o que acerca do aparecimento do GFRV, publicoou a III Série do Diário da República, de 22 de Dezembro de 1979: " Grupo Folclórico e Recreativo de Vilarinho: Certifico que, por escritura de 31 de Outubro de 1979, exarada na fl 19 vº a fl 23 vº, do respectivo livro de notas nº 66-D do 7º Cartório Notarial de Lisboa, a cargo da notária licenciada Olinda Pinto Capelo Ramos, foi constituida uma associação com a denominação de Grupo Folclórico e Recreativo de Vilarinho, com sede provisória no lugar de Vilarinho, freguesia de São Pedro de Vilar de Ferreiros, concelho de Mondim de Basto, distrito de Vila Real (Trás-os-Montes), sem fins lucrativois.
continua
************************************
Jornada Cultural
Como foi anunciado no 1º nº da nossa "folha informativa" de Junho passado, teve lugar nesta freguesia uma jornada cultural organizada pela nossa associação e que movimentou todas as secções recreativas do GFRV : rancho, zés p'reiras e teatro; para além da colaboração recebida do Grupo Coral de Nossa Senhora da Graça de São Pedro de Vilar de Ferreiros que muito ajudou a colorir aquele festivo dia 10 de Agosto do ano corrente.
Eram precisamente 09h30 quando uma ccaravana automóvel saída de Vilarinho se dirigiu com vários visitantes ao Castro dos Palhaços e Mina dos Mouros, acabando a sua peregrinação por volta das 13h00 no Monte Farinha, onde também ali não faltou a colaboração dos experimentados "cicerones" Serafim Costa e do ti José da Fonte.
Seguiu-se, por volta das 14h15, a recepção aos convidados, parte que esteve a cargo do presidente da nossa colectividdade e do sócio fundador Sr. José Borges Lopes que não tardariam a receber, entre outros, o Exmo. Presidente da Edilidade Mondinense e todos os seus colaboradores eleitos; o Sr. Padre Guedes, abade da freguesia; eng. Pinto e Cruz, responsável pelo perímetro florestal do concelho; Vitorino Minhoto, presidente da Junta da Junta de freguesia, e os representantes das várias colectividades congéneres da nossa associação.
Às 15h30, o nosso consócio e dedicado amigo Sr. José Augusto da Costa Pereira deu início à sua importante conferência, intitulada "A Região de Basto e as Ferrarias entre Tâmega e Douro" que durou cerca de 60 minutos.
Terminado este ponto alto da festividade cultural e recreativa , o Sr. Presidente da Câmara procedeu ao descerramento de um bonito quadro com o embllema da nossa associação, oferta do regionalista José Francisco Borges Lopes. Seguiu-se depois um lauto beberete servido em casa do nosso ilustre associado senhor Manuel Gaspar (Manuel Lopes) que foi animado pelo grupo de "Zés P'reiras".
Tivemos em seguida a actuação do Grupo Coral, duma peça de teatro, do rancho folclórico, e finalmente a projecção de um filme-documentário sobre o Monte Farinha cuja orientação esteve a cargo do nosso amigo Sr. Nelson Palmeira.
Foi uma jornada feliz e muito inteligente no contexto em que surgiu inserida. Parabéns aos promotores e apoiantes.
*********************************
Noticiário
No passado dia 15 de Agosto, o nosso Rancho deslocou-se à aldeia de Vila Chã, onde se exibiu com geral agrado.
De forma idêntica, no dia 17 do mesmo mês, tinha actuado em Ponte de Ôlo.
No corrente mês, como já era de esperar, temos assegurada a participação do rancho e do grupo de zés p'reiras na festa de Vilarinho.
O nosso sócio fundador José F. Borges Lopes veio enriquecer o nosso património com a oferta do emblema do GFRV; do mesmo modo, o nosso redactor e também sócio fundador J.A. da Costa Pereira, ofereceu um exemplar da sua conferência para os arquivos da Colectividade.
Temos contactado diversas Entidades individuais e colectivas, a quem nos não cansamos de pedir e mostrar as nossas fraquezas....
"Quem espera por sapatos de defunto, toda a vida anda descalço" >
Um dos objectivos do boletim foi também o de dar oportunidade aos associados de se poderem fazer ouvir e culturalmente expressaram no que respeita a conhecimentos históricos e etnográficos de interesse local. Pouco, mas algum resultado deu. E a "folha número 2", correspondente a Setembro de 1980, dá indicação disso mesmo, como vamos ver:
<Editorial
Caros Consócios: no passado dia 10 de Agosto teve lugar nas instalações provisórias da nossa sede, uma manifestação cultural que chamou a si as atenções gerais da freguesia e do concelho também. A Imprensa escrita e falada ocupou-se do acontecimento tecendo-lhe os mais rasgados elogios, facto que só por si nos alegra e satisfaz.
A quantos contribuiram para que tal jornada constituisse o êxito que constituiu, desejo, na minha modesta e despretenciosa qualidade de presidente da Direcção do GFRV, registar aqui os meus agradecimentos a todos os associados que comigo colaboraram nesta proveitosa manifestação cultural que os estatutos da nossa associação exigem de nós e de vós ppara que se cumpra.
Quem não quer ser lobo, não lhe vesta a pele... - (Manuel Mário Borges Lopes).
*************************
Premurado
Por: José F. Borges Lopes.
Outeiro situado no lugar de Vilarinho, próximo do povoado de Bezerral, surge-nos no cenário local como padrão histórico, assinalando o remotismo desta característica aldeia alcandorada na meia encosta da cordilheira da serra da Senhora da Graça: é o alto do "Premurado". É este Premurado, pobre e esquecido, que somente as cristalinas águas do Ribeiro ou Ribeira Velha com simpatia saúdam do seu verdejante vale, um dos raros marcos histórios que ainda hoje fala ao povo de Vilarinho de seu milinário passado.
Quem passa pela base do pequeno outeiro a caminho do Estor da Lage ou de Rebencegadas nem necessita de subir ao cimo do monte para ver que estamos em face de um monte fortificado, onde povos muito antigos viveram, lutaram e graças à sua persistência nasceu Vilarinho. Se o fizermos melhor será, pois lá encontraremos para além do muramento típico das construções castrejas, artefactos como mós, as tradicionais covinhas e até a origem do topónimo.
Conterrâneos, quis neste curto espaço evocar-vos a imagem geográfica dum pedaço de terra que me toca a alma e que desejava ver por vós venerada e cada pedra respeitada como túmulo sagrado de recordações. "Em honra do passado, respeitai o presente. O futuro vos agradecerá".
Um pouco de história à volta do Grupo Folclórico e Recreativo de Vilarinho GFRV ) que por minha iniciativa e o apoio de mais quatro conterrâneos foi oficializado, num cartório de Lisboa, a 31 de Outubro de 1979. Uma vez oficializado agora era necessário dar-lhe projecção, e para isso nada como dotá-lo com um Boletim Informativo que por modesto que fosse seria sempre importante como porta-voz duma associação em embrião. Foi o que aconteceu. Em Junho de 1980, com o Manuel Mário Borges Lopes, como Director, e na Redacção, o J.A. Costa Pereira, surge o 1º número da Folha cujo conteúdo passo a transcrever:
<Editorial
Rude na forma, pobre no aspecto, o 1º número do Boletim Informativo do Grupo Folclórico e Recreativo de Vilarinho sai à luz do dia para levar uma mensagem de amizade a todos os leitores, associados ou simples amigos da jovem Colectividade nascida em 31/10/979.
Fruto de um são e puro regionalismo, a oficialização do GFRV surgiu de uma conversa entre mim e o saudoso bairrista José Queirós aquando da sua vinda ao Casino Estoril, em 1978, integrado no então ainda desorganizado rancho de Vilarinho. Trocamos impressões, ouviram-se os mais directos interessados e o agrupamento folclórico que em 1962 se havia organizado em São Pedro de Vilar de Ferreiros, ou mais propriamente dito no lugar de Vilarinho, desta freguesia, apareceu. Agora legalizado e transformado no Grupo Folclórico e Recreativo de Vilarinho. O bairrismo faz destes milagres.
Com a fundação desta associação regional ficou mais rica a terra e a região de Basto que tem agora uma colectividade estatutariamente empenhada na defesa da Cultura Popullar de entre Lameira e Velão, e muito especialmente no que nesse domínio diz respeito às antigas Ferrarias de entre Tâmega e Douro: a que pertencia a actual freguesia de São Pedro de Vilar de Ferreiros.
Sem pressas, nem promessas, os responsáveis pelo GFRV arrancaram já com sua obra. Começasse assim! Visto dizer o ditado: "Quem vai com muita pressa, pode cair e partir a cabeça". - (José Augusto da Costa Pereira)
****************************
Defesa do Património
Integrada na Campanha Nacional de Defesa do Património Cultural do País, vai levar-se a efeito no lugar de Vilarinho, freguesia de São Pedro de Vilar de Ferreiros, concelho de Mondim de Basto, uma jornada consagrada ao simbolico acontecimento que aqui será para além doutras realizações, marcado com uma conferência sobordinada ao tema: "A Região de Basto e as Ferrarias entre Tâmega e Douro", a cargo do sócio-fundador do GFRV , o nosso conterrâneo Sr. José Augusto da Costa Pereira , que para o efeito aqui se desloca propositadamente, vindo de Lisboa, na tarde de domingo, dia 10 de Agosto próximo.
Do programa desse dia podemos destacar: às 09h30, concentração junto à capela de Vilarinho, para uma visita aos lugares históricos da terra. Às 14h15, recepção aos convidados; às 15h50, início da Conferência. Às 17h00, projecção de um filme sobre a Senhora da Graça, e por fim exebição do Grupo Coral da freguesia, rancho e um representação teatral. Um dia festivo para vires gozar com teus familiares e amigos a Vilarnho, onde pelo menos há pão e vinho...
***********************************
Noticiário
No passado dia 25 de Abril tivemos cá a visita TV-Norte, que nos veio filmar o rancho, para ser exibido através dos écrans, na tarde de 27 de Maio último.
O nosso grupo conta neste mommento com 67 associados, incluindo os 5 sócios-fundadores.
O Rancho tem já saídas marcadas para as seguintes terras: em Mondim e na Senhora da Graça, pelas festas da vila e romaria de São Tiago; em Vilar de Viando, pelas festas de Santa Luzia; pelo São Pedro , em Vilar de Ferreiros; e a 13 de Julho, em Vila Real.
Em 31/10/979 foi fundado o GFRV . Recorda, fazendo-te sócio!>
. Folh-33d
. Folha-33
. Folha-32
. Verdadeiro modelo de São ...