À Memória do Padre Armindo Ferreira
Com 71 ano finou-se em 22 de Abril de 1983 o padre Armindo Ferreira, pároco de Santa Marinha e de Santo Aleixo de Além Tâmega (Ribeira de Pena) e que muitos anos também o foi de Chaves, Ermelo, Pardelhas, Campanhó e do Bilhó. Era natural da freguesia de Limões, onde ficou sepultado.
Temperado na rigidez do indomável Alvão e cinzelado pela generosidade da gente simples de entre Barroso e Marão, o saudoso padre Armindo marcou uma época e uma forma nobre de servir os homens por amor a Jesus Cristo.
Valente nas obras e no carácter, nunca a falta de coragem esmoreceu o seu comportamento responsável de sacerdote e de cristão no meio do mundo. Estava no que fazia e fazia o que devia. Era corajoso e encorajava os outros..
Um dia , em Mondim de Basto, soube-me ali e quis conhecer-me pessoalmente. Quando lhe fui apresentado mediu-me durante alguns segundos e depois de me dar um forte abraço, exclamou alto e em bom som: " Ó Costa Pereira, dou-lhe os meus parabéns pelos seus escritos e peço-lhe que continue a descarregar sobre esta cambada, porque só à porrada é que esta gente se mexe!...." - Já lá vão quase uns vinte anos que se passou este episódio, mas hoje se fosse vivo o padre Armindo ainda gostava de saber a reacção dele à noticia que segue:
Vilar de Ferreiros
Com má-fé e alguma ignorância à mistura têm alguns ilustres mondinenses de ontem e de hoje procurado desvirtuar a realidade histórica que, no domínio de limites de freguesia e paróquia, respeita ao Monte Farinha. Isto pela simples razão de quererem convencer os menos esclarecidos que a freguesia de São Cristóvão de Mondim também tem um pouco de montanheira...Mas toda gente sabe que assim não é e que Mondim sempre foi e há-de continuar a ser a simpática vila ribeirinha das bases do alto do Nossa Senhora da Graça. Depois já se confirmou que nada tem valido as abusivas interferências de de mondinenses na Irmandade de Nossa Senhora da Graça, porque infelizmente nem ao menos sabem identificar o património cultural e artístico de que se dizem defensores. Refiro-me a um Auto de Entrega de 1934 em que que um administrador do Concelho, um pároco e um proprietário naturais de Mondim para além do descaramento de esticar os limites da vila até ao cimo do Monte Farinha dão também perante o representante da Lei prova da sua total ignorância cultural, assim: "Numero de dois:- Capela do Padre Eterno, toda em pedra, com um pequeno adro em volta a confinar por todos os lados com o monte baldio, contendo três imagens cujos nomes não se sabem". - Valha-nos Nossa Senhora da Graça e São Veríssimo de Lisboa, no meio desta confusão e ignorância juntas!
Não para tais "delegados " da Irmandade - a quem Deus já pediu contas -, mas para futuros intervenientes aí vai a identificação das tais imagens: " a O. uma pequena capela terminada no ano de 1886 representando o Mistério da Anunciação com as imagens da Virgem, do Anjo (São Gabriel) e do Padre Eterno".
Que tudo isto sirva de lição aos estudiosos, à Direcção-Geral do Património do Estado em particular a Sua Excia. Revma., o Senhor de Vila Real, que para evitar mais dúvidas e ambições desta natureza era tempo de terminar com a situação de capelania, integrando o Santuário a corpo inteiro na paróquia de São Pedro de Vilar de Ferreiros.
O Padre Armindo que pela ultima vez vi no Monte Farinha, em 1975, certamente que concordava comigo.
Costa Pereira
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Para as tuas Festas
Restaurante do Alto do Monte Farinha
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Para animar as tuas Festas
Prefere os grupos culturais da tua terra, a nossa música e cantares.
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