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RECORTES de IMPRENSA
" VILAR de FERREIROS - UMA PARCELA de TRÁS-os-MONTES"
(texto de José Lopes)
Visitando há dias, na companhia de bons amigos, a freguesia de Vilar de Ferreiros, concelho de Mondim de Basto, tive o prazer de constatar, ser esta uma das mais atraentes e interessantes da província de Trás-os-Montes, sob diversos e variados aspectos. Predominam em Vilar de Ferreiros, os costumes agrícolas e florestais. Se, naquela a produção é ubérrima, nesta o seu rendimento não deixa de se equiparar e até sobrepor. Enfim, dois factores de capital importância.
A freguesia de Vilar de Ferreiros, é antiquíssima, conforme pode verificar-se por diversos dados arqueológicos, nomeadamente, a "Citânia dos Palhaços" e a "Mina dos Mouros". Mais modernamente, o Conde de Bolonha, no seu livro das INQUIRIÇÕES com data de 1258, fala-nos de Vilar de Ferreiros e dos seus limites, os quais ainda são os de hoje.
Esta freguesia é composta pelos lugares seguintes: Campos, Cainha, Vilar de Ferreiros, Vilarinho, Pedreira, Covas, Vila Chã, Fojo e Monte Farinha.
Motivos há nesta freguesia dignos de realce, apreciação e estudo. Citamos, por exemplo, a Ermida do Monte Farinha, onde se avistam os mais mais longos e atraentes horizontes de Trás-os-Montes, o cruzeiro de Campos e o cruzeiro paroquial.
A pesca e a caça apresentam campo favorável nos rios Cabril e Ribeira Velha, e nas encostas do Marão.
Possui biblioteca pública, com o nome de "BIBLIOTECA ABADE MIRANDA" fundada pelo actual pároco da freguesia Rvdo Sr.Padre Manuel Joaquim Correia Guedes, coadjuvado por um seu paroquiano, Sr. José Augusto da Costa Pereira. Possui ainda um museu sacro, onde avultam interessantes e valiosas peças religiosas.
Mercê da valiosa administração pública, existem nesta freguesia óptimas escolas, caminhos regulares, um cemitério paroquial metodicamente arranjado, etc,etc.
No aspecto turístico, salienta-se entre outros pontos, o Alto do Monte Farinha, no qual se realizam 3 grandes romarias anuais, aonde acorrem milhares de turistas nacionais e estrangeiros, não só naqueles dias festivos, como durante todo o ano".
In NOTICIAS de BASTO, 15 de Setembro de 1973.
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Com esta transcrição pretendeu-se honrar aqui a memória do saudoso poeta e prosador celoricense JOSÉ LOPES, que a morte veio retirar do nosso convívio em 13 de Abril de 1981. Quatro anos de profunda saudade
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COVAS
Ali, onde a Lomba da Nabiça desce para dar passagem às águas do rio Cabrão, e o monte da Tontuça inicia a sua íngreme escalada até ao cimo do Vale-de-Ar, fica aninhada a ribeirinha aldeia de Covas, cujo topónimo se crê relacionado com a respectiva depressão geográfica do lugar.
Digo "se crê" , porque também pode acontecer que o referido designativo ande relacionado com antigos fojos que outrora por ali existiram para darem caça aos animais selvagens que vagueavam nas vizinhanças.
Fundamento a minha teoria no facto da zona ser abundante em espécies de caça grossa noutros tempos e haver então o habito das populações cavar no chão buracos - fojos - para caçar vivos alguns desses animais.
Seja como for, Covas é uma realidade no contexto toponímico da freguesia de São Pedro de Vilar de Ferreiros e tudo parece indicar tratar-se de terra bastante antiga. De qualquer forma só no Portugal Antigo e Moderno nos aparece assinalada a referida aldeia como fazendo parte das antigas Ferrarias.
Continua
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